Nisto
todos conhecerão que sois meus discípulos, quando amardes uns aos outros.
Jo13:35
Jesus
está se despedindo dos discípulos, em um de seus últimos momentos com eles e
passa a dar-lhes instruções de como devem proceder na ausência dEle. Jesus,
então, lhes ordena um mandamento que tem como consequência final o fato de que
todos os reconheceriam como discípulos de Cristo. “Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, quando amardes uns aos
outros”.
O
que chama atenção é que Jesus não pediu àqueles homens que O seguiam, que mudassem a forma com que falavam, mudassem suas vestes, deixassem de frequentar algum lugar, ou que deixassem de ter contato com determinadas pessoas, por exemplo. Naquele momento, Jesus não estabeleceu leis, Ele deixou um mandamento que iria muito além do legalismo.
Ele pediu que seus discípulos amassem uns aos outros, mas não era um amor
qualquer, era o amor com que Ele havia nos amado. “Um
novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos ameis a vós, que também vós ameis uns aos
outros” Jo13:34. E isso era muito mais difícil do qualquer lei que Jesus tivesse deixado. Amar ao próximo como Ele nos amou, implicaria em mudanças
radicais em nossas vidas, em mudanças na nossa forma de enxergar o outro. Amar
ao próximo como Ele nos amou implicaria necessariamente em uma vida
transformada em alguém semelhante a Cristo.
Embora, Cristo estivesse dizendo que estava entregando um novo mandamento, esta não era
uma ordenança nova. Desde o antigo testamento, Deus já havia ordenado o amor ao
próximo como um dos 10 mandamentos. A novidade consistia no fato de que:
1
- Jesus colocou este mandamento,
juntamente com “amarás ao teu Deus sobre todas as coisas” como o maior de todos
os mandamentos. Amar não era uma opção, mas uma ordenança. Não se trata de querer
ou sentir vontade de amar, ou amar por merecimento de quem é amado, mas de um
ato de obediência. A motivação de amar do discípulo é seu relacionamento com
Deus, seus valores do Reino.
2
– O mandamento é novo porque agora temos um referencial de amor: “Assim como eu
vos amei”. O amor com que Cristo nos amou é sacrificial, ele nos fará abrir mão
dos nossos diretos pelo outro, ele nos fará abrir mão da nossa liberdade pelo
outro. Muitas vezes irá nos custar, irá doer. Não espera recompensas, é desinteressado
e fará com que os outros enxerguem Cristo através de nós. (I Jo 3:18, Lc 6:32-36, Mt 5: 38-45, Rm
14:13-23).
3
– É novo porque revela uma identidade. Jesus afirma que o amor que tivermos
revelará quem somos. Amar ao próximo será nosso cartão de visitas, revelará a
quem pertencemos e a quem servimos. Manifestará aqueles que realmente nasceram
de novo (I Jo 3:14). Revelará os que possuem o Espírito Santo, pois esse amor é
derramado nos corações por intermédio dEle (Rm 5.5). Será uma das mais eficazes
formas de revelar Jesus ao mundo.
No
entanto, ao se referir a “discípulos”, Jesus não estava se referindo ao mero
seguidor, o discípulo a quem Cristo se refere tem significado muito mais
profundo. O discípulo seria aquele que aprende com o mestre e o imita, e não apenas
o que acompanhava, observava. Seria aquele que seguia Jesus pelo compromisso de
amor e confiança nEle, existindo ou não os milagres. Seria aquele que não se
deixaria conduzir pelas circunstâncias, mas as aproveitaria para exercer a sua
fé.
Portanto,
era a verdadeiros discípulos que Cristo se referia, pois somente os discípulos
aceitariam a ideia de sofrer pelo outro, de abrir mão dos seus direitos e
liberdade, de perdoar. Somente esses entenderiam a nova proposta de amor
sacrificial e se alegrariam com ela, somente esses revelariam Cristo através de
suas vidas.
Que possamos assumir o compromisso de amar uns aos outros como Ele nos amou e deixar que o mundo nos reconheça como discípulos Seus.
Que possamos assumir o compromisso de amar uns aos outros como Ele nos amou e deixar que o mundo nos reconheça como discípulos Seus.
Gilvanise Santos
IPAD Prazeres
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