O clamor dos clamores é pedir
perdão!
Foto: Internet
Quando Davi foi obrigado a fugir de Jerusalém por
ter sido derrubado do trono pelo próprio filho, certo parente de Saul, chamado
Simei, aproveitou-se da ocasião e começou a chamar o rei de criminoso, a
amaldiçoá-lo e a jogar pedras e terra sobre ele. A guarda pessoal não obteve
permissão de Davi para cortar a cabeça de Simei (2Sm 16.5-14).
Poucos dias depois, a revolução fracassou e Davi
voltou vitorioso para Jerusalém. Simei, então, foi ao encontro do rei para
pedir-lhe perdão: “Ó rei, eu peço que perdoe o mal que lhe fiz no dia em que o
senhor saiu de Jerusalém. Esqueça o que eu fiz; nunca mais pense nisso. Eu sei
que fiz uma coisa errada e é por isso que sou a primeira pessoa das tribos do
Norte a vir encontrá-lo hoje” (2Sm 19.16-23).
Esse pedido de perdão é benfeito e serve de modelo para
todos que dele precisam. Além de confessar humildemente o seu pecado, Simei
pediu o perdão que só o Senhor costuma dar. Quando perdoa, Deus não se lembra
mais das nossas faltas nem pensa mais nelas. Ele tem compaixão de nós e lança
os nossos pecados no fundo do mar (Mq 7.19).
Pedir perdão a Deus vale mais do que suplicar
alívio para o sofrimento, cura para a doença e prosperidade material. O clamor
dos clamores é pedir perdão. Depois de ter sujado o seu nome e o nome de Deus,
adulterando com Bate-Seba e matado o marido dela, Davi correu atrás do perdão e
o obteve. Ele mesmo conta como resolveu o seu problema de culpa com Deus:
“Enquanto não te confessei o meu pecado, eu chorava o dia inteiro. Dia e noite,
a tua mão pesava sobre mim. Minhas forças foram-se esgotando como a seca faz
com um pequeno riacho. O sofrimento continuou até que eu acordei. Então
reconheci diante de ti o meu pecado e não encobri mais minhas culpas. Preferi
confessar as minhas transgressões – e não é que tu me deste pleno perdão! Como
é feliz aquele cujo pecado é perdoado, aquele cuja consciência não o acusa
mais, aquele cuja dívida é cancelada, aquele cuja culpa é lançada no fundo do
mar, aquele que não tem mais insônia!” (Paráfrase do Salmo 32).
No mundo há bilhões de seres humanos pecadores.
Antes de pecar contra a criação e a criatura, eles pecam contra Deus. Eles
estão sempre precisando de perdão.
Grosso modo, mesmo depois de convertido e perdoado,
o pecador continua pecando e propenso ao pecado. Mas, se confessar o seu
pecado, ele volta a obter o perdão de Deus quantas vezes forem necessárias. O
pecado repetido leva à confissão repetida e ao perdão repetido. O perdão
repetido de Deus é o maior valor que o ser humano pode obter. Vale muito mais
do que um negócio bem-sucedido, um carro novo, uma casa no campo e outra na
praia.
Ao pecar, o pecador assume uma dívida – uma dívida
que precisa ser perdoada ou cancelada e não paga, o que é possível apenas pela
maravilhosa graça. Na oração do Pai-Nosso, Jesus nos ensina a pedir ao Pai:
“Perdoe as nossas dívidas” (Mt 6.12).
::
Ultimato. Fonte : lagoinha.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário