domingo, 20 de junho de 2010

O amor aceita o erro (parte 2 de 3)

Assim como as demais leis que regem o Reino de Deus, o perdão está ligado a uma condição. O ato de perdoar pressupõe uma reciprocidade, pois na oração ensinada por Jesus, em Mateus 6.12, Deus nos perdoa na mesma proporção com que perdoamos nossos ofensores.

Se o perdão liberado por nós for completo, seremos perdoados. Do contrário, se não perdoarmos de verdade, não seremos perdoados pelo Pai. Perceba que Cristo, na oração do Pai Nosso, não disse “quando perdoamos”, mas “assim como perdoamos”.

O perdão divino é, portanto, condicional, pois Deus perdoa livremente, não exigindo a morte da pessoa que pecou. A morte de Jesus redimiu toda condenação. Seu sacrifício pagou a pena por nossos pecados.

Em contrapartida, Deus exige somente confissão de fé e arrependimento como condições para o perdão do pecador. “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos 10.9-10).

Para que o perdão divino seja concedido é necessário arrependimento e uma verdadeira mudança de pensamento.

Deus nos convida a perdoar assim com ele perdoa.

Quando uma pessoa é capaz de perdoar facilmente demonstra que está em comunhão com o Pai e que está se esforçando para parecer com Jesus em suas atitudes. O apóstolo Paulo orientou os colossenses: “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também” (Colossenses 3.13).

Para usufruir da presença do Pai é preciso liberar perdão. Não guarde mágoas, rancor e ressentimentos em seu coração. Dê lugar somente para bons sentimentos.

Quando alguém peca contra você, ele se torna um transgressor da lei divina. Se há arrependimento e uma mudança de atitude, você precisa perdoá-lo, ou seja, libertá-lo da culpa. Quando você o perdoar, não deve mais considerá-lo como pecador. Isso significa esquecer o pecado. É claro que jamais seremos capazes de esquecer totalmente o erro como Deus o faz, mas é necessário deixar de atribuir à pessoa a culpa pelo erro que cometeu. Deste modo, você o libera de sua dívida.

Já ouvi muitas pessoas falarem: “Eu perdoo, mas não esqueço. Ele lá e eu aqui”. Quem perdoa deve realmente esquecer o que houve e não trazer à memória a ofensa recebida a cada nova oportunidade. Quem age desse maneira demonstra não ter capacidade de perdoar e, portanto, não merece ser perdoado por Deus. Se quisermos que o Senhor nos perdoe, precisamos apagar de nossa mente a ofensa recebida.

E quanto àquelas pessoas que nos fazem mal, mas que não se arrependem? Devemos perdoar esses também? Jesus disse: “Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe” (Lucas 17.3-4).

Jesus nos ensina que devemos estender o perdão quando o pecador se arrepende e confessa seu pecado. Algumas pessoas pensam que é correto perdoar as pessoas sem que estas se arrependam e peçam perdão. Essa prática, no entanto, só traz malefícios. Se libertarmos quem peca contra nós sem que essa pessoa tenha se arrependido do que fez, estaremos apenas encorajando-a a continuar com sua prática destruidora.

O perdão não pode ser uma desculpa para a prática de novos erros. Jesus nos ensina que devemos perdoar quantas vezes for preciso, mas desde que haja arrependimento. Jesus disse: “setenta vezes sete” (Mateus 18.21).

Metaforicamente, isso quer dizer que devemos perdoar sempre, quantas vezes for necessário. Isso só é possível quando estamos com Cristo, pois a sua graça nos capacita a cumprir esse preceito.

Renato Collyer
(continua...)
Fonte: http://www.renatocollyer.blogspot.com/

O Desafio de romper limites

Uma das responsabilidades dos pais é estabelecer limites para os filhos. Durante a infância e adolescência, essa difícil tarefa representa a maior parte do que chamamos educação. Isto é feito por necessidade e até mesmo por medo. Ensinamos, desde cedo, que o filho não deve ir longe, porque os perigos são muitos. Não há como condenar tais atitudes dos educadores, pois muitas dessas orientações são pertinentes e indispensáveis. Ninguém pode viver sem limites. Entretanto, o que se observa, na idade adulta, é que as pessoas tornaram-se limitadas demais e precisam de estímulos para saírem do lugar.

É como a história daquele elefante de circo que foi amarrado a uma estaca quando era filhote. Puxou, debateu-se, feriu-se, mas não conseguiu se soltar. Finalmente, desistiu de tentar e, mesmo depois de adulto, a pequena estaca continua sendo suficiente para prendê-lo, ainda que a força do animal seja muito maior do que era no princípio. De fato, como disse o domador, ele desconhece sua capacidade. Nisto consiste a essência dos condicionamentos.

Um bom exemplo de determinação e progresso foi o do profeta Eliseu. Enquanto acompanhava Elias, ele foi aconselhado a ficar em alguma das cidades por onde passavam. Contudo, o discípulo estava determinado a continuar seguindo seu mestre. Por causa de sua perseverança, testemunhou o arrebatamento de Elias e recebeu porção dobrada do Espírito (2 Rs 2.1-15). Ficar no meio do caminho seria uma forma de limitar suas experiências e seu ministério. Semelhantemente, os discípulos que perseveraram em seguir a Cristo também testemunharam sua subida ao céu e receberam o Espírito Santo.

Isto nos faz pensar também na visão de Ezequiel (47.1-12), na qual o profeta foi conduzido ao rio que saía do templo. Não lhe seria suficiente contemplá-lo de longe ou permanecer às suas margens. Ele deveria entrar nas águas, deixar-se envolver e avançar dentro delas, alcançando profundidades cada vez maiores, até que precisasse nadar, por não ser possível prosseguir andando. Isto é ultrapassar os limites da razão e viver pela fé. É ir além das situações controláveis, confortáveis e previsíveis, mas sempre em obediência ao Senhor. Este é o desejo de Deus para nós. Precisamos ir mais longe nas nossas experiências com ele.

Lendo os evangelhos, percebemos que Jesus vivia rompendo limites. Ele foi além daquilo que dele se esperava, superando as tradições religiosas e a lei mosaica.

Cristo rompeu limites quando, aos 12 anos, discutiu com os doutores da lei (Lc 2.46). Contrariou as expectativas de todos, quando, ao invés de continuar no ofício de José, tornou-se pregador e Mestre (Mc 6.3). Foi além ao anunciar uma mensagem diferente dos rabinos de sua época. Escandalizou os discípulos, indo à cruz. Venceu o limite da morte, quando ressuscitou e subiu ao céu. Ele fez tudo isso sem pecar, sem ultrapassar a vontade do Pai. Este era seu único parâmetro.
Quando falamos a respeito das realizações de Jesus, algumas pessoas argumentam que ele fez tudo aquilo porque era Deus e nós, como meros humanos, não podemos imitá-lo. Entretanto, Cristo, além de romper limites, viveu ensinando os discípulos a fazerem o mesmo. Eles não morreriam na cruz para salvar o mundo, mas fariam obras semelhantes às que Jesus fez e outras maiores (João 14.12). Não estamos falando de ultrapassar os limites éticos que regem as nossas vidas (nem o limite do cheque especial ou do cartão de crédito) (nem o limite de velocidade no trânsito), mas de romper limitações desnecessárias, verdadeiras barreiras que impedem o nosso crescimento.

Quando Pedro perguntou se deveria perdoar seu irmão sete vezes, talvez pensando que seria grande virtude, Jesus disse que o perdão deveria ser concedido setenta vezes sete (MT 18.21-22). Essa passagem deve conduzir-nos à reflexão. A matemática de Jesus é diferente da nossa. O resultado que ele propõe é muito maior. Pedro propôs um número apenas. O Mestre acrescentou mais um para multiplicá-lo. Não sei se Pedro conseguiu fazer as contas, mas deve ter ficado surpreso com a resposta. O homem sem Jesus vai, talvez, até o número sete. Com Jesus podemos ir, se quisermos, aos 490, 4900 etc.

Fazemos pouco e achamos que é suficiente. Queremos ir até determinado ponto, mas Jesus quer nos levar além. Estamos satisfeitos com o que já realizamos, mas o Senhor deseja que façamos muito mais. Foi isso que ele mostrou aos discípulos, quando afirmou que a justiça deles deveria superar a dos escribas e fariseus (Mt 5.20). Podemos fazer um pouco mais (ou muito mais). Não devemos parar onde estamos, pois corremos o risco do retrocesso. Precisamos ir além dos limites que nós mesmos criamos, ou criaram para nós, e que agora servem para restringir nossa experiência espiritual.

Estamos limitados em nossas iniciativas de oração, jejum, leitura bíblica, estudo, evangelização e comunhão? Somos “econômicos” como Pedro? Tudo o que fazemos para Deus representa sementes que espalhamos.

“Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em abundância também ceifará.” (2Co 9.6).

Os resultados que obtemos em nossa vida espiritual são diretamente proporcionais aos limites que estabelecemos. A fonte é inesgotável, mas os nossos recipientes são muito pequenos.

Abraão sofria por não ter filhos e sonhava em ter apenas um. Então, Deus lhe disse: “Olha agora para o céu, e conta as estrelas, se as podes contar; e acrescentou-lhe: Assim será a tua descendência” (Gn 15.5). Precisamos olhar para cima e começar a perceber a grandeza do Deus a quem nós servimos.

Jesus ensinou, no sermão da montanha, o rompimento de muitos limites, de modo que os discípulos deveriam obedecer não apenas aos requisitos mínimos estabelecidos por Moisés, mas ir além, no sentido de agradarem a Deus de forma mais completa. Assim, além de não adulterarem, evitariam a má intenção e o olhar impuro (Mt 5.27-28). Além de não matarem, evitariam o ódio e as ofensas verbais (Mt 5.21-22). A obediência à lei seria pouco diante dos propósitos de Cristo.

“A qualquer que te bater na face direita, oferece-lhe também a outra; e ao que quiser pleitear contigo, e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas” (Mt.5.39-41).

Talvez pensemos em rompimento de limites como uma atitude de conquistas cada vez maiores. Está certo, mas existe também o aspecto de renúncias cada vez maiores, de acordo com o propósito de Deus e a experiência individual. Afinal, quem avança, deixa muitas coisas para trás. Renúncias e conquistas sempre estão ligadas. Não podemos ter o Egito e Canaã ao mesmo tempo.
Fazer apenas aquilo a que somos obrigados é pouco. Jesus disse que o servo que só faz o que foi mandado é inútil (Lc 17.10). Cumprir apenas a exigência e o costume é pouco. Precisamos ir além, no sentido de sermos melhores do que somos, vivendo como o atleta que sempre busca ultrapassar seu próprio recorde.

Desconfio que a vida cristã de muitas pessoas possa ser comparada a uma receita de bolo: uma colher de oração, duas xícaras de leitura bíblica, uma pitada de fé, um culto por semana, uma ceia por mês. Penso que estamos sendo econômicos demais, quando não deveríamos ser.

Criamos muitas restrições: Vou ao culto, mas não ao monte. Evangelizo na praça, mas não entro em hospitais. Leio os salmos, mas não leio Apocalipse. Oro por enfermos, mas não expulso demônios. Assim, evitamos o conhecimento e maiores experiências com Deus. Não estamos tratando de obrigações, mas de ir além delas.

O apóstolo Paulo também queria que os irmãos fossem além do que já haviam conquistado. Nesse sentido, escreveu aos coríntios: “O que fala em língua, ore para que a possa interpretar” (1Co 14.13). É preciso avançar.

Nenhum de nós poderá fazer tudo sozinho, pois os membros do corpo são muitos e cada um tem sua função. Entretanto podemos fazer mais, dentro da nossa área de atuação. Os mais dedicados e versáteis serão como as mãos, que podem fazer inúmeras coisas. Os mais especializados serão como os olhos, que fazem uma coisa só, mas que o façam com excelência.

Em suas últimas palavras aos discípulos, Jesus os estimulou novamente ao rompimento dos limites ao dizer:

“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra”. (At 1.8).

O projeto de Cristo é ambicioso (no bom sentido). Se somos seus discípulos, precisamos acompanhá-lo, rompendo fronteiras e barreiras para levar a muitos a boa palavra de Deus.

“Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém” (Ef 3.20-21)

::Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia
http://www.anisiorenato.com/
Colaborador do portal Lagoinha.com

30 dias de oração

Nos meses de junho e julho deste ano, o mundo todo estará voltado para o evento que une fãs de futebol e torcedores de seus países. A Copa do mundo é um momento em que as nações passam a ter o sentimento de confraternização. Em alguns países, por exemplo, no momento em que sua seleção entra em campo, algumas empresas reúnem os funcionários para assistir ao jogo, alguns comércios fecham e outros abrem especificamente para receber as torcidas.

A mídia também acaba voltando sua atenção para esse tema nos anúncios de jornais, revistas e comerciais de televisão. Um banco, por exemplo, usou a imagem de duas crianças de origens diferentes, um é judeu, o outro palestino, e o futebol os une. Possivelmente, em eventos desse porte, em que várias nações participam, as pessoas esperam que haja um pouco mais de paz e união no mundo.

A Missão Portas Abertas aproveita esse ensejo para finalizar o DIP 2010 com a Campanha 30 dias de oração em favor de três países que figuram na Classificação de países por perseguição, que é a lista das nações mais intolerantes ao cristianismo.

O período escolhido é exatamente o período da Copa, ou seja, de 11 de junho a 11 de julho. E os países que integram nossa campanha são a Coreia do Norte, Argélia e Nigéria, que ocupam a 1ª, 25ª e 27ª posições na Classificação.

Serão 10 dias de oração para cada país, totalizando os 30 dias. O intuito da Missão Portas Abertas é estritamente o de orar por esses países, independentemente do resultado dos jogos. Nosso dever enquanto Corpo é interceder uns pelos outros, portanto, vamos aproveitar a oportunidade que esse evento traz e vamos clamar por essas nações e por nossos irmãos perseguidos.

Faça o download dos pedidos de oração.

Participe deste importante momento de unidade e clamor em favor de nossos irmãos perseguidos. Afinal, as Escrituras nos exortam: “Orem continuamente” (I Tessalonicenses 5.17).

A intimidade do casal de namorados

É comum que um casal de namorados concorde com qualquer conceito que favorece o relacionamento deles. Mas, se algo dificulta usufruir do grande amor que um tem pelo outro, então isso não é bem-vindo, mesmo que venha da Bíblia e de Deus. Os apaixonados são cúmplices, se entendem muito bem e acham que ninguém é capaz de compreender a dimensão do amor que têm.

Alguns casais acham que ter relações sexuais no namoro, é um meio de se conhecerem melhor e provarem o amor mútuo, mesmo que esse seja um argumento simplista demais. Pelo fato de namorarem a alguns meses, acham que “se conhecem muito bem”. Muitos quando começam o namoro, não concordam com isso, mas, como “o amor é cego”, com o tempo esse pensamento cai por terra. Os anticoncepcionais facilitam essa prática.

Quando o casal está de acordo, essa aventura se concretiza facilmente. Porém, o que muitos não sabem é que na hora mais esperada as coisas não acontecem como imaginadas. A falta de experiência, o sentimento de culpa, o medo de serem descobertos e a necessidade de manterem o fato escondido, se torna um tormento e não um prazer. Sem falar na possibilidade de uma gravidez indesejada e possíveis doenças sexualmente transmissíveis. E aí, aquilo que poderia ser um prazer, pode se tornar um terror que poderá permanecer por toda a vida, pois a consciência é a única namorada da qual jamais poderemos nos livrar. Quanto à falta de experiência, ninguém precisa treinar para isso, ela acontece naturalmente no casamento. Os órgãos genitais não se atrofiam e facilmente se ajustam, pois são feitos de músculos.

A chamada “prova de amor” com o sexo antes do casamento, é exatamente falta de amor. A Bíblia diz que “o amor não pratica o mal contra o próximo” (Rm 13.10). E o sexo no namoro é um mal a si e ao próximo, pelas razões já citadas e tantas outras. A desconfiança paira na relação. Se ele e ela não foram capazes de esperar até o casamento, poderão suportar um caso dentro casamento? Se não foram capazes de dizer “não” antes do casamento, qual será a resistência para não dizerem um outro “sim” fora do casamento? Que modelo darão aos filhos ao ensinarem os bons princípios de conduta nessa área? É claro que Deus perdoa esse pecado, mas a cicatriz fica.

A intimidade do casal deve ser no coração, não nos órgãos genitais com carícias e relações sexuais. Um casal de namorados que não desenvolve uma verdadeira amizade, se torna mais vulnerável, mesmo depois do casamento. O calor da paixão na adolescência é pouco consistente como prova para os anos seguintes. Essa é uma fase de mudanças rápidas no corpo e nas emoções. Sabe-se que um adolescente pode se apaixonar em média até cinco vezes antes de completar vinte anos. Cada um deve se guardar para aquela pessoa com a qual se viverá por toda a vida depois do casamento.

Volto a citar os anticoncepcionais, para dizer que eles não fazem bem para uma menina adolescente. Por impedir a ovulação, eles alteram o ciclo menstrual, podendo até provocar esterilidade. Se o uso de pílulas acontecer por muito tempo, a moça poderá ter sua menstruação completamente interrompida, exigindo um complexo tratamento posterior. Em nome do amor paixão, não compensa abusar do próprio corpo com pílulas e práticas sexuais com uma pessoa que você não tem aliança com ela. A satisfação de alguns minutos não podem superar a tortura de dias, meses e anos pela frente. Por mais que se queira negar, é impossível viver em paz no pecado.
As implicações das intimidades físicas no namoro são muito abrangentes. Os pais não concordam e sofrem com elas na vida de seus filhos. Que amor é esse que provoca lágrimas quentes no rosto de uma mãe e de um pai com uma filha que perdeu a virgindade com o namorado, ou com uma gravidez inesperada? Que pai ou mãe se orgulha de ter um filho com fama de garanhão? Quem gostaria de conviver com lembranças indesejadas quando na cama com seu cônjuge e lembrar de outras relações sexuais com uma pessoa que faz parte do passado?

Enquanto escrevo esta página, estou completando 29 anos de namoro com minha esposa. Ela foi minha primeira namorada e eu fui seu primeiro namorado. Éramos adolescentes quando começamos o namoro, sem experiências e muitas instruções, mas Deus nos preservou maravilhosamente com sua graça. Eu tenho dito que não temeria mostrar literalmente o filme de nosso namoro para ninguém. É verdade que tivemos nossos momentos quentes de emoções fortes, mas nada que nos comprometesse à luz dos padrões de Deus revelados em sua Palavra, a Bíblia. O que nos ajudou a ter um namoro positivo, foi o nosso compromisso com Deus e o seu Reino. Sempre fomos envolvidos com a obra do Senhor, líamos a Bíblia e orávamos juntos. Isso certamente fez a diferença.

Estou escrevendo sobre a intimidade dos namorados, mas não posso deixar de mencionar a importância da intimidade dos pais com seus filhos. Não tenho dúvidas em afirmar que muitos namoros indecorosos são reflexos de filhos carentes de afeto e amor por parte de seus pais. Todos nós temos uma espécie de balão emocional. Os pais são os primeiros responsáveis em manter esse balão cheio na vida de seus filhos. Isso acontece na vida comum do lar, com palavras, ações e reações. Quando a criança cresce e chega à adolescência com esse balão vazio, ela se torna presa fácil em uma paquera e pouco se faz necessário para ela se entregar incondicionalmente a alguém, devido o vazio que precisa ser preenchido. Antes de qualquer outra coisa, o jovem quer amizade, afeto, respeito, carinho. Quando ele tem isso, muitas vezes não acontece a intimidade física no namoro. Ela é reservada para o casamento.

A intimidade física no namoro não compensa. O que é feito em nome do amor, tantas vezes acaba com a auto-estima. Muitas moças engordam muito na adolescência com o uso de anticoncepcionais. Isso sem falar em muitos gastos na tentativa de superar as conseqüências de uma decisão sem sabedoria. Ninguém terá uma vida sexual saudável fora do casamento. Deus estabeleceu isso e ninguém será capaz de mudar. Quando tentamos quebrar as leis, na verdade estamos quebrando a nós mesmos.

Acima de tudo, a intimidade do casal deve ser com Deus. A Bíblia diz: “O SENHOR confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança” (Sl 25.14). E mais: “Deleite-se no SENHOR, e ele atenderá aos desejos do seu coração. Entregue o seu caminho ao SENHOR; confie nele, e ele agirá” (Sl 37.4-5). Deus deve ser o centro de um namoro abençoado. Se ele for colocado em primeiro lugar, o casal terá toda a direção, sabedoria e equilíbrio para lidar bem com todas as situações. O prazer da comunhão com Deus nunca pode ser subestimado pelo prazer da intimidade no namoro. Se assim for feito não será Deus que atenderá os desejos do nosso coração, mas nós mesmos satisfazendo os desejos carnais, egoístas e contrários à vontade de Deus, o que só trará tristezas, mesmo que precedidas de efêmeras alegrias. Quem tem intimidade com Deus, tem intimidade certa, na hora certa, com a pessoa certa devidamente. Não devemos nos amoldar ao padrão de namoro deste mundo, mas nos mantermos firmes na Palavra de Deus, renovando a mente com tudo o que for verdadeiro, nobre, correto, puro, amável, de boa fama, e tudo o mais que for excelente e digno de louvor (Rm 12.2; Fp 4.8).

por Antonio Francisco

domingo, 13 de junho de 2010

“Tomando Uma decisão e arcando com suas conseqüências”

Texto Base: Mateus 27 –21.

Queridos irmãos, empenhado na tarefa de EDUCAR a Igreja através da palavra de Deus trago uma mensagem, baseada no sofrimento, vida, e dedicação, daquele “JESUS”, que sem olhar para o sofrimento que iria padecer, e sem usurpar o direito que era só seu (Filipenses 2. 5 – 8), e não olhando a indiferença que os homens iriam ter com seu sacrifício, (Isaias 53. 1- 5), morreu por nós na “CRUZ DO CALVÁRIO”. Para esta mensagem tomo como base o texto acima, fazendo uma simples pergunta aos amados? QUE DECISÃO VOCÊ VAI TOMAR EM BUSCA DA SUA FELICIDADE E DE SUA SALVAÇÃO? EM QUEM VOCÊ CONFIARIA A SUA VIDA? 1º - Existem decisões que tomamos em nossa caminhada que podem nos levar a conseqüências trágicas desagradáveis e até mesmo a morte física, espiritual, e eterna; 2º - Existem decisões que tomamos por atendermos a influência da sociedade, dos amigos, da escola, dos professores, dos lideres religiosos, dos políticos, e do meio em que vivemos e Etc. ´

1 – A inversão de valores foi uma decisão insana, soltar Barrabás um criminoso contumaz, agitador político, e crucificar um inocente JESUS. Trouxe uma conseqüência trágica que tem levado a sociedade a viver assombrada e com medo do perigo em que assola a humanidade em geral;

2 – A inveja dos lideres daquela época que levou JESUS ao julgamento e morte de CRUZ, que era a mais terrível e cruel morte aplicada naquele tempo, Trouxe uma conseqüência trágica, o grito da multidão iludida por aqueles que eram conhecidamente lideres da “IGREJA”, “(CRUCIFICA-O, CRUCIFICA-O, FORA DAQUI COM ESTE, LUCAS 23. 21”, “CAIA SOBRE NÓS E NOSSOS FILHOS O SEU SANGUE, MATEUS 27. 25”). Tem trazido dor, sofrimento e muita infelicidade para os nossos irmãos Judeus, que vivem em eterno tormento de guerras e outros males que só eles conhecem;

3 – Em último lugar, quem o povo escolheria hoje: BARRABÁS OU JESUS? Pois é, há um ditado popular que diz: “toda ação requer um reação”, “e toda decisão tem um resultado, seja ele positivo ou negativo”. Por isso tenho observado que precisamos ter cuidado em tomarmos decisões. O exemplo, é o mundo em que vivemos, como tem sofrido com suas ações, e com as terríveis catástrofes, e recentes tragédias enfrentadas em nossos dias, tenho isso como resultado da desobediência em trocar os valores, valorizando as coisas profanas, e não as SAGRADAS.


No amor de Jesus,
Pastor Manassés Santos

O amor aceita o erro (parte 1 de 3)

E disse José a seus irmãos: Peço-vos, chegai-vos a mim. E chegaram-se; então disse ele: Eu sou José vosso irmão, a quem vendestes para o Egito (Gênesis 45.4)

Quando os irmãos de José o venderam como escravo, ele tinha apenas dezessete anos. Mesmo enfrentando o ódio de seus próprios irmãos e sendo amargamente separado de seus pais, José atingiu a posição de supervisor da casa de Potifar, seu dono egípcio.
Porém, José foi atingido pelo desastre novamente. Depois de ter sido recusada pelo jovem, a mulher de seu senhor falsamente o acusou de assédio. José não cedeu aos avanços sexuais da mulher. Pelo contrário, fugiu de sua presença e pagou um alto preço por isso.

José foi posto na prisão. Deus, entretanto, esteve com ele durante os dois anos em que permaneceu ali. Em meio à dor e ao sofrimento, Deus concedeu um escape. Faraó, rei do Egito, estava ansioso para que alguém fosse capaz de interpretar o sonho que tivera. Nem os magos e os feiticeiros foram capazes de fazê-lo. Pelo poder de Deus, José foi capaz de interpretar o sonho de Faraó, sendo, em seguida, colocado em posição de poder próxima a do próprio rei.

José se tornou o encarregado pelo armazenamento e distribuição dos cereais em toda a terra do Egito e suas províncias.

Conforme José havia interpretado o sonho de Faraó, os sete anos de fartura haviam acabado e uma grande seca assolou a terra do Egito. Durante os próximos sete anos, haveria fome em toda a terra, mas, no Egito, havia mantimentos, por causa do sonho do rei e da interpretação de José.

Jacó, então, envia seus filhos para o Egito para comprarem mantimentos. José poderia ter se vingado de seus irmãos. Ele poderia fazer mal àqueles que tinham pecado contra ele anos atrás. A Bíblia, entretanto, narra justamente o contrário. José colocou seus irmãos à prova e tendo visto o arrependimento deles, recebeu-os com lágrimas e afeto. Ele os havia perdoado.

Muitas pessoas no lugar de José não teriam liberado o perdão. Parece que fica mais difícil perdoar quando temos um maior grau de intimidade com aqueles que nos ofendem. Jesus ensinou, todavia, que a falta de disposição para perdoar os outros nos retira o perdão de Deus. “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mateus 6.14-15).

Perdão quer dizer, literalmente, cancelar ou remir. Significa também a liberação ou cancelamento de uma obrigação. No sentido bíblico, o termo perdão é utilizado para esquecer um débito financeiro. Sob esse enfoque, devemos entender que o homem é um devedor espiritual ao pecar contra Deus.

Ao ensinar seus discípulos a orar, Jesus fez uso desta linguagem figurativa de perdão como esquecimento de dívidas. “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (ênfase do autor) (v. 12).

O homem se torna devedor e carente do perdão divino ao transgredir a lei de Deus. Cada pecador precisa suportar a culpa de sua própria transgressão e a justa punição do pecado praticado. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23).

Jesus pagou o preço mais alto por nós. Através de sua morte na cruz, fomos redimidos. Ao aceitarmos o sacrifício de Jesus, confessamos que necessitamos do perdão divino. Deus aceita a morte de seu único filho como pagamento de nossos pecados, livrando-nos da culpa por nossas transgressões.

Por causa do sacrifício vivo de Jesus, não mais ficamos perante o Pai como infratores de sua lei. Somos perdoados pela sua infinita graça. Através do perdão de Deus, somos livres da condenação. Fomos libertos da culpa do pecado. O Senhor definitivamente apaga de sua memória qualquer lembrança ruim a nosso respeito. “Porque serei misericordioso para com suas iniqüidades, e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais” (Hebreus 8.12).

Não estou dizendo que Deus tem memória fraca. Não se trata disso. Excepcionalmente, ele se lembrou do pecado que Davi cometeu contra Bate-Seba e Urias mesmo depois de tê-lo perdoado há muito tempo (1 Reis 14.5).

Deus, através do perdão, livra-nos da dívida do pecado, é dizer, cessa de imputar a culpa desse pecado. “Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado” (Romanos 4.7-8).

O perdão divino liberta o pecador da culpa pelo pecado. Este é o verdadeiro sentido ao dizer que Deus “esquece” quando perdoa.

Renato Collyer
(continua...)
Fonte: http://www.renatocollyer.blogspot.com/

As tempestades não poderão lhe derrubar

Bosque

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;" Mateus 7:24

Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias.

O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer.

Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria. Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima.

Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes enderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.

Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries. Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas.

Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei. Varios anos depois, ao retornar do exterior, fui dar uma olhada na minha antiga residência.

Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho! O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem sistindo ao rigor do inverno.

Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: Praticamente não se moviam, resistindo, implacavelmente, àquela ventania Toda. Que efeito curioso, pensei eu... As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las eneficiado de um modo que o conforto o tratamento mais fácil jamais conseguiriam. Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Freqüentemente, oro por eles. Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:

"Meu Deus, livre meus filhos de todas as dificuldades e agressões desse Mundo"...
Tenho pensado, entretanto, que é hora de alterar minhas orações.

Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos. Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais. Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar. Portanto, pretendo mudar minhas orações. Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil.

Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas, que se encontram nos locais mais remotos.

Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente, ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.



quinta-feira, 10 de junho de 2010

Guarde o teu coração,

porque dele procedem as fontes de vida (Pv 4.23.)

Um dos significados para a palavra carência é “falta do preciso”, isto é, ausência de algo que se quer, que se tem necessidade. Para alguns, esse sentimento nasce em casa, quando não se tem um lar estruturado, e na tentativa de suprir tal necessidade, os bares, as igrejas, os amigos, a internet, os filmes, ou até mesmo as drogas, tornam-se meios de busca para o preenchimento do referido sentimento.

Em Gênesis 2.18, podemos ver que Deus se preocupou com a solidão do homem, por isso Ele mesmo criou uma companheira, ajudadora, para Adão. Podemos crer que Deus nos criou para relacionarmos uns com os outros. Mas o relacionamento nem sempre é fácil, podemos sofrer e causar sofrimento nas pessoas, por isso é preciso sabedoria lá do Alto para conduzir os relacionamentos que surgem na nossa vida. Outra questão é a confiança. Relacionamento requer confiança, porém podemos depositá-la nas pessoas erradas.

Os lobos em pele de ovelhas aparecem tanto para homens quanto para mulheres, causando confusão. Ganham a atenção e coração da pessoa, e quando se sentem “saciados”, procuram outras presas. Troca, rejeição, abandono, resulta, quase sempre, em carência. E essa triste experiência pode resultar num afastamento, isolamento, de tudo e de todos.

Na época em que fiz seminário, conheci uma jovem que sofreu muito com os relacionamentos que teve. Ela foi minha colega de sala, e contou-me que antes de se converter passou por poucas e boas na área sentimental. Ela se relacionou com um rapaz “problema”, o tipo “garanhão” que vemos por aí, e o namoro era um “vai e vem”, terminavam e depois reatavam. E quando ele não estava com ela, estava com as outras. Essa moça era filha adotiva, vivia num lar desestruturado, e não se sentia amada pelos irmãos, logo via no namorado um refúgio para sua carência. Ele, sabendo disso, se aproveitava da situação, e exercia forte influência sobre ela. Outro fator que contribuía para que essa moça se mantivesse “presa” a esse moço era o carinho dos pais dele para com ela.

Ela se entregou de corpo e alma ao tal rapaz. Não conseguiu se guardar, nem “guardar o coração”, acabou engravidando e teve que abortar o bebê. Certamente esse não era o plano de Deus para a vida dela, mas por não conhecê-Lo verdadeiramente, ela fez escolhas erradas e sofreu as consequências.

Conto essa história não como forma de expor a vida dessa preciosa irmã, mas por saber que essa experiência ajudou e tem ajudado muitas pessoas. Por meio dessa história podemos tirar muitas lições. Lição para você que é pai ou mãe: observe e aprecie mais o tempo com seu filho, ensine-o a guardar o coração. Você que é casado: converse mais com o seu cônjuge. Você que está solteiro: não se feche para a vida, busque a cura, o suprimento da sua carência em Deus, pois só Ele é a fonte completa de alegria.

::Jaqueline Santos Sales


Crescimento espiritual e discernimento

Os pais são os representantes de Deus, e a obra de preparar os filhos tanto para esta vida como para a vida eterna, pertence aos pais. Porque o lar é a primeira escola, e os pais os primeiros professores. Já nos tempos do Antigo Testamento Deus instruiu os pais de família, dizendo: "Estas palavras que hoje te ordeno, estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-se e ao levantar-se. Também as atarás como sinal na tua mão e serão por frontal entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas". Deuteronômio 6:6-9 Mais de mil e quinhentos anos mais tarde, o apóstolo Paulo escreveu: " Pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestações do Senhor." Efésios 6:4

Quando se deve começar a educação? Na infância evidentemente. Logo que uma criança é capaz de formar uma idéia, deve começar sua educação. Educação quer dizer o processo pelo qual a criança é instruída, desde o berço à infância, da infância à juventude, e da juventude à maturidade. A Palavra de Deus recomenda: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho, não se desviará dele." Provérbios 22:6 "As lições que a criança aprende durante os primeiros sete anos de vida, tem mais a ver com a formação do seu caráter, que tudo o que ela possa aprender nos anos posteriores." Orientação da Criança, 193. Na verdade os três primeiros anos são os mais expressivos, daí a importância da companhia da mãe de maneira especial nesta etapa da vida da criança. Os componentes do relacionamento nos primeiros anos não podem ser supridos por mães substitutas, ou mesmo por creches. O papel desempenhado pela mãe nos primeiros anos tem efeito decisivo sobre a inteligência da criança. Em resumo: o papel dos pais e principalmente o da mãe, na educação dos filhos, é da mais alta importância e insubstituível.

Que lições devem ser ensinadas aos filhos?

1. A primeira lição que deve ser ensinada à criança é que Deus é o nosso pai. O pai e mãe terrestres, são representantes do Pai celestial. Esta é uma grande responsabilidade que repousa sobre os pais. Devem ensinar à criança que Deus é amor e que Ele é também a fonte de todo o bem, devem os pais ensinar ao bebê, à criança e ao jovem, o amor de Jesus. Outro ensino fundamental a ser ensinado é o amor ao próximo. Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo é das regras mais importantes da vida.

2. Em segundo lugar deve-se ensinar à criança, as lições de obediência e respeito aos pais, bem como o domínio próprio. Pais que deixam passar vários anos para depois ensinar aos filhos que devem ser obedientes, estão perdendo a chance de educar, pois depois dos primeiros anos se torna impossível ensinar lições de obediência. O santo Livro diz: "A criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe. . . Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará delícias à tua alma." Provérbios 29:15 e 17.

3. Em terceiro lugar deve-se ensinar á criança, lições sobre saúde. A importância de ingerir alimentos saudáveis, em horas certas; o asseio pessoa; o dormir em ambiente ventilado; o evitar o uso de drogas que destroem a saúde, como o fumo o álcool e os tóxicos em geral. As potencialidades de uma criança podem ser incalculáveis. Se os filhos forem bem educados, poderão ser uma alegria para os pais, uma bênção para a comunidade e acima de tudo, honra e glória para Deus.

4. Um outro elemento que deve fazer parte da educação da criança é o espírito de serviço. A criança deve ser estimulada a auxiliar o pai e mãe, estimulada a ser abnegada e dominar-se a si mesmo. Os nossos filhos são um precioso tesouro que o céu nos confiou. No Salmo 127:3, A Bíblia diz que os filhos são a herança do Senhor. Uma grande educadora escreveu o seguinte: "Os pais devem ser a mão humana de Deus, preparando a si mesmos e aos filhos para a vida sem fim. É como se Deus nos dissesse: Eduquem esta criança para mim, a fim de que ela possa um dia brincar nas cortes eternas." Poderia citar vários exemplos de crianças que foram educadas dentro dos padrões da orientação de Deus.

Vamos citar apenas dois exemplos:

a) Moisés - Tornou-se o líder do povo de Deus. Como historiador, poeta, filósofo legislador e líder - excedeu todos o homens da antiguidade.

b) Samuel - Dedicado a Deus desde a concepção. Serviu a Deus nos dias dos primeiros reis de Israel. Tornou-se um grande profeta do Senhor. Certa vez numa igreja, o ancião chegou ao pastor e propôs um severo castigo para dois meninos que estavam estragando um tapete do tempo. - Deixe os meninos disse o pastor: Uma polegada de meninos vale mais que quilômetros de tapetes. Amados pais: Nosso filhos são preciosos presentes de Deus. São a herança do Senhor. Como pais, devemos saber que um dia Deus vai perguntar: "Onde está o rebanho que te foi confiado, o teu lindo rebanho?" Jeremias 13:20.

Ou em outras palavras: Onde estão os filhos que eu te dei? Cada um de nós terá que responder, queiramos ou não. Permita Deus, que nossa resposta possa ser a que está em Isaías 8.18, "Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu." Repetida em outras palavras em Hebreus 2:13: "Eis aqui eu, e os filhos que Deus me deu." Logo Jesus voltará a este mundo para reunir a família da terra com família do céu. Cada filho da família terrestre deverá receber as boas vindas no lar de glória. Permita Deus que todos nós, pais e filhos sejamos recebidos por Jesus quando Ele vier. O meu grande desejo é que vocês pais possam ser abençoados ao educar.

E um dia Deus os recompense com a herança do Senhor. Uma Herança Celestial Você está encontrando dificuldades para educar o seu filho, ou sua filha? Alguma vez já pensou que talvez seria melhor não tido filhos? Você fica preocupado com o futuro de seu filho ou sua filha? Havia um príncipe árabe que ficava espantado com as reclamações que seus colegas casados faziam, relacionadas com a educação dos filhos. A todos, ele dizia, que tinha seis regras infalíveis para educar os filhos. Passados alguns anos ele se casou. Depois de um certo tempo de casado, em conversa com seus amigos, um deles recordou-lhe o assunto das seis regras infalíveis e perguntou como elas eram aplicadas, já que agora ele tinha filhos.

O príncipe sorriu, e após alguns instantes condenou-se , dizendo: "eu agora tenho 6 filhos e nenhuma regra. Educar filhos, quando não se tem filhos é fácil, assim como é mais fácil educar os filhos dos outros. Embora haja dificuldades no lidar com as crianças, elas estavam no plano de Deus desde a criação. Em Gênesis 1:27-28, a Bíblia na Linguagem de Hoje declara: "Tenham muitos e muitos filhos.

" Aquele que deu Eva a Adão por companheira. . .ordenou que homens e mulheres se unissem em santo matrimônio, para constituir famílias cujos membros, coroados de honra, fossem reconhecidos como membros da família celestial. Na Europa, que é o continente que foi duramente afetado pelas duas guerras mundiais os pais estão diminuíndo ao máximo o número de filhos. Na Alemanha, o país que mais sofreu com os horrores das guerras está se tornando um país de velhos. Em muitos países um bom número de hotéis aceitam cachorros, mas não concordam em hospedar crianças. Na Bíblia lemos: "Herança do Senhor, são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão." Salmo 127:3.

Mas o que significa: Os filhos são a herança do Senhor? O significado da palavra herança é algo passado para descendentes esperando que eles administrem, como o mesmo empenho dos antepassados. Os Filhos são a herança do Senhor. Vieram das mãos do Senhor e são confiados aos cuidados dos pais. E Deus, espera receber os filhos das mãos de seus pais, na volta de Cristo. Os filhos são entregues aos seus pais como um precioso depósito, o qual Deus requererá um dia de suas mãos. Devemos dedicar à sua educação mais tempo, mais cuidado e mais oração. Uma boa parte dos filhos são apenas colocados no mundo e a partir de então eles próprios tem que tomar as suas decisões Toda casa, para progredir deve ter uma legislação própria. Cabe aos pais definir as leis da casa e torná-las conhecidas dos filhos.

Cabe aos filhos seguí-las totalmente. Deus deu aos pais toda a autoridade necessária para a educação dos filhos. A Bíblia declara: "Coroa dos velhos são os filhos dos filhos, e a glória dos filhos são os pais." Provérbios 17:6 "Filhos que desonram e desobedecem aos pais e não levam em conta seus conselhos e instruções não podem ter parte na terra feita nova. A terra purificada nãos será lugar para filhos rebeldes, desobedientes e ingratos. Nenhum transgressor pode herdar o reino de Deus." LA 294: 2,3. Na Bíblia encontramos uma história de um pai que tinha sérios problemas com os seus filhos. Esta história está relatada em I Samuel, capítulo 2.

Eli era sacerdote, juiz e pai em Israel. Como sacerdote e juiz, Eli ocupava as mais altas posições e responsabilidades diante de Israel. Nestas funções, ele era olhado como exemplo e exercia grande influência sobre as tribos de Israel. Como pai Eli tinha sérios problemas. Ele não governava bem a sua casa: Era um pai transigente, em vez de contender com eles ou castigá-los submetia-se às suas vontades e os deixava seguir seu próprio caminho. Não corrigia os maus hábitos e paixões de seus filhos. Por amar a comodidade, considerou a educação de seus filhos como algo de pouca importância. Eli não dirigiu sua casa segundo as regras de Deus para o governo da família. Seguiu seu próprio juízo. Ele deixou de tomar em consideração as faltas e os pecados de seus filhos em sua meninice, comprazendo-se com o pensamento de que após algum tempo eles perderiam suas más tendências. Muitos hoje estão a cometer erro semelhante.

Julgam que conhecem um meio melhor para educar os filhos. Não procuram a sabedoria de Deus através de Sua Santa Palavra. Esperam que os filhos fiquem mais velhos, para que assim possam entende-los. Fazendo assim, os maus hábitos dos filhos são fortalecidos até se tornarem uma segunda natureza. Os filhos crescem sem sujeição, com traços de caráter que são para eles uma maldição por toda a vida, e que podem reproduzir-se em outros. Por causa da negligência de Eli, seus filhos não seguiram o caminho que deveriam ter seguido. O final para Eli foi muito triste. Quando soube da morte de seus filhos e do desaparecimento da Arca de Deus, foi tão grande o susto que Ele levou, que caiu de uma cadeira, quebrou o pescoço e morreu.

Hoje eu posso estar falando à pais que estão desesperados por que não sabem mais o que fazer com seus filhos rebeldes. Ou também posso estar falando para jovens que estão esperando o primeiro filho, e que estão ansiosos de como devem agir em relação à educação do bebê que irá nascer, ou então para pais que tem filhos pequenos, e desejam dar uma melhor educação para seus filhos. Creiam, o maior desejo de Deus, é que devolvamos os nosso filhos, a herança que Ele nos deu, no dia da volta de Cristo. Para isso é preciso que busqemos a sabedoria que vem do alto. Com toda certeza o Pai que está no céu nos dará o conforto. Deus em seu infinito amor nos mostrará como agir, como falar como os nossos filhos e como ensiná-los no caminho que conduz à eternidade.

Fonte: http://www.cvvnet.org/