quinta-feira, 28 de maio de 2015

Operando em sabedoria

“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis (inescrutável, indecifrável) são os seus juízos (suas decisões), e quão inescrutáveis (misteriosos, encobertos), os seus caminhos (sua maneira de agir, suas veredas)!” (Romanos 11.33)
Sem sabedoria podemos tomar decisões lamentáveis e, mais tarde, nos perguntarmos por que não oramos antes de decidir. É sábio buscar a Deus toda manhã antes que comecemos a tomar decisões, para que possamos saber antecipadamente o que devemos fazer e, então, receber graça por fazê-lo. A sabedoria nos impede de termos uma vida cheia de decisões lamentáveis.
Jesus operava com sabedoria. Quando outros iam para casa descansar, Jesus ia para o Monte Oliveiras passar tempo com Deus. E, bem cedo (de madrugada), Ele ia ao templo ensinar as pessoas (veja João 7.53 – 8-2). Jesus sempre passou tempo com o Pai antes de ministrar às multidões. Se Jesus precisava de tempo com Deus, precisamos muito mais. Caminhe em sabedoria hoje.

::Joyce Meyer, lagoinha.com

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Declare seu amor a Deus

Foto: Internet

Dias atrás, durante um devocional diário, a orientação do Espírito Santo foi para que minha oração daquela manhã fosse algo que expressasse meu amor e reconhecimento pelo que Deus tem feito por mim.
Mais do que fazer pedidos, muitas vezes precisamos reservar parte do nosso tempo para adorá-lo e expressar nossa gratidão. Por isso, hoje, quero compartilhar uma parte do que declarei ao Senhor e encorajá-lo a fazer o mesmo, seja por meio de um poema, um desenho, uma oração.
Logo ao amanhecer, no meditar da doce Palavra de Deus, sinto o quanto me amas.
Importa-se com cada detalhe dos meus dias e nada está oculto diante de Ti, pois tudo sabes sobre mim
Meu coração é Teu Altar
Ainda que o bravo mar tente me assolar
Suas mãos estendidas
Trazem-me de volta à vida
Sua presença é tão sublime
Que nem infinitas palavras exprimem
Ainda assim, estás comigo
Pois viver sem Ti não consigo
És meu amor maior
És minha paixão que não fenece
E com todos os meus dias quero Te honrar
Para em breve ao Céu chegar.
Deus o abençoe e que o Espírito Santo o encoraje a fazer algo diferente neste dia!
::Denise Tomaz de Souza – Colaboradora do Lagoinha.com

terça-feira, 26 de maio de 2015

Você gosta de ser criticado?

Nossas palavras podem construir ou destruir pessoas
Foto: internet








Como a maioria daqueles que acessam a internet hoje em dia sabem, nosso mundo está cheio de críticas. É muito fácil expressar nossa opinião sobre alguém ou alguma coisa, e ter um retorno imediato. Isso acontece porque muitos têm algo a dizer, mas não sabem como fazê-lo, e acabam ofendendo outras pessoas.
É muito comum encontrar pessoas cheias de críticas destrutivas. Elas dificilmente se engajam em alguma coisa. Sua primeira inclinação é a de julgar. E aqueles que julgam com facilidade normalmente são fechados, negativos e pessimistas. No entanto, o oposto também é verdadeiro: aqueles que expressam sua crítica de forma construtiva, demonstrando novas ideias e sabedoria, são mais engajados, abertos, humildes e sinceros.
A crítica pode ser um ótimo professor para aqueles que estão dispostos a aprender. Pode servir como um tijolo em uma construção, ou como uma bola de demolição. Por isso, temos que fazer algumas perguntas antes de expressar o que estamos pensando:
Quero “melhorar algo” ou apenas “estar certo”?
A melhor crítica é altruísta, porque não existe o interesse de provar alguma coisa ou ganhar uma posição de destaque. Ao contrário, o intuito é o de ver os outros melhorarem.
Quero falar apenas sobre o que está dando “errado”?
Uma crítica construtiva se concentra nas questões que se tem em mãos. Mesmo quando temos que falar algo a um familiar ou amigos próximos, nunca devemos cair nas rotulagens, xingamentos ou na acusação. Quando a linha entre discutir opiniões, crenças ou atitudes e julgar as motivações ou caráter da pessoa é atravessada, a questão já foi longe demais. Se formos capazes de manter esse limite, daremos um passo na direção certa.
É uma crítica ou um ataque?
Devemos enfatizar todas as coisas que deram certo até então. Ressaltar somente o que deu errado, mostra que não há a mínima intenção de ajudar. Antes de oferecermos uma crítica, precisamos nos lembrar de que temos a oportunidade de encorajar os outros a continuarem – sejam nossos líderes, auxiliares, pastores, pais ou filhos. Todos precisam de incentivo.
Se formos capazes de dar esses pequenos passos, com certeza ofereceremos críticas construtivas e colocaremos um princípio que sempre edificará e melhorará a vida uns dos outros, o de que “amar é melhor do que estar certo”.
:: Comuna

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Participando do mundo de Deus por meio da oração

Foto: Edemias Del Mestre







A oração é o retrato da alma. É nossa identidade espiritual, a impressão digital do cristão. A maneira como oramos e o conteúdo de nossas orações revelam o que pensamos sobre Deus e o que pensamos sobre nós. A melhor forma de conhecer a teologia e o caráter de uma pessoa ou de uma igreja é observar sua oração. É por isso que gosto de meditar nas orações na Bíblia. Gosto também de observar a forma como oramos. As orações do apóstolo Paulo em sua Carta aos Efésios nos ajudam a perceber sua teologia e seu caráter. Meditando nelas, percebemos que existem duas formas de orar: a primeira é quando apresentamos nosso mundo a Deus. A segunda é quando participamos do mundo dele.
Na primeira forma de oração, que é mais comum entre nós, oramos por nossa família, trabalho, saúde, projetos e outras necessidades pessoais. Deus quase sempre é invocado para atender a essas necessidades e emergências. Elas constituem o centro das orações. São orações que dizem respeito mais a nós do que a Deus. Outra forma de orar é quando participamos do mundo de Deus. Oramos a partir daquilo que ele tem feito, das grandes realizações de sua graça em nosso favor. É o mundo de Deus, não o meu, que constitui o centro da oração.
É assim que Paulo ora. Ele começa agradecendo as bênçãos com que Deus nos têm abençoado nas regiões celestiais em Cristo. Ele é grato pelo fato de que Deus nos escolheu em Cristo, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis. Louva a Deus por nos ter adotado como filhos e filhas, por sua eterna bondade. Agradece pela redenção e libertação do pecado e reconhece a riqueza da graça de Jesus Cristo. É grato a Deus pela revelação de sua vontade e pela dádiva do seu Espírito, que sustenta nossa salvação.
Ele segue orando e suplicando para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo conceda à igreja espírito de sabedoria e revelação para o pleno conhecimento de Jesus Cristo. Para que Deus abra os olhos do seu povo para que compreendam a esperança da vida em Cristo, o poder da ressurreição pelo qual agora vivemos e a exaltação e glória de Cristo. Mais do que ser liberto da prisão, seu grande desejo é ver seus irmãos e irmãs tendo um conhecimento verdadeiro de Cristo e crescer em direção à sua real humanidade.
Ele coloca-se de joelhos diante do Pai e súplica para que Cristo habite nos corações do povo de Deus, transformando seu interior, para que possam, juntos, compreender a riqueza do amor de Cristo que transcende toda a compreensão humana e ser tomados de toda a plenitude de Deus. São esses os motivos de gratidão e as súplicas de Paulo. É uma oração na qual podemos perceber a teologia e também o caráter do apóstolo. Antes de apresentar seu mundo a Deus, ele busca participar do mundo de Deus. Sua preocupação não se limita às necessidades pessoais. Não são suas prisões ou reputação que têm prioridade em suas súplicas. Sua atenção não está em sua saúde ou bem-estar. O que ele revela em sua oração é a paixão pela obra de Cristo, o desejo de ver o povo de Deus crescendo em direção a Cristo.
Podemos e devemos apresentar nosso mundo a Deus por meio da oração. Interceder pela família, trabalho, saúde e outras necessidades pessoais e comunitárias é parte de nossa resposta ao chamado de Cristo. No entanto, se permanecemos apenas conosco, atrofiamos a alma. Concebemos a oração a partir do nosso mundo e não do mundo de Deus. Das nossas necessidades e não das gloriosas riquezas de Cristo. Nossa compreensão de Deus torna-se confusa e a experiência de oração, frustrante.
A oração sempre começa com Deus e não conosco. O que Deus fez por nós em Cristo precede o que ele faz por nós em nossas necessidades diárias. Participar do mundo de Deus nos ajuda a entender a forma como Deus participa do nosso mundo. Se permanecemos com aquilo que Deus fez e segue fazendo em Cristo, crescemos na medida da estatura de Cristo.
::Ricardo Barbosa de Sousa,lagoinha.com

sábado, 23 de maio de 2015

A disposição de Ananias

amigo
Existem homens e mulheres que a Bíblia relata que chamam nossa atenção. Abraão, Davi, Débora, Ester, Josué e tantos outros. A história de cada um nos motiva e impulsiona para avançarmos cada dia mais, por meio dos feitos de Deus por intermédio deles.
Um homem que teve a vida completamente transformada por Jesus foi Paulo. Sua história começa a ser relatada em Atos capítulo 8, porém a primeira menção dele não foi boa. Estevão estava sendo apedrejado por muitos, e o primeiro verso do capítulo 8 diz que Saulo aprovou a morte de Estevão.
Após esse episódio, a Bíblia relata Saulo perseguindo a Igreja de Cristo. Mas como Cristo é misericordioso e abundante em graça, Saulo é alcançado por esse amor imerecido. Jesus se revela a ele. A partir desse momento sua vida começa a ser transformada.
Existe um outro homem, não tão conhecido, cujo nome era Ananias. A Bíblia o descreve simplesmente como seguidor de Jesus. Podemos aprender muito com a vida de Ananias. Ele não é tão “famoso” quanto Paulo, mas sua vida nos deixa uma grande lição. Enquanto Saulo estava cego por três dias, Jesus diz a Ananias para se dispor e ir até Saulo, pois ele era escolhido do Senhor para Sua obra.
Ananias ficou com medo, Saulo era perigoso e portava uma carta que dava aval para prender os cristãos que encontrasse. Mesmo com medo, Ananias obedeceu a direção de Jesus e foi ao encontro de Saulo, impôs as mãos sobre ele, que voltou a enxergar e foi batizado. Saulo se torna um grande homem de Deus e passa a se chamar Paulo.
Para Saulos se tornarem Paulos é necessário que os Ananias se disponham. Por quantas vezes inferiorizamos pessoas por não serem populares, ou por não ser notório aos nossos olhos o que Deus faz por meio dessas pessoas? O desejo de crescer em Deus é algo lícito. Precisamos desejar conhecê-lo cada dia mais. O problema está em querer crescer, idealizar ser como tantos homens e mulheres que a Bíblia relata, ou que Deus tem levantado nos nossos dias, mas não nos dispormos a ajudar aqueles que se tornarão grandes Paulos.
Precisamos entender nosso chamado. Se nosso papel é ajudar Saulos, vamos com toda ousadia nos dispor! Não menospreze suas tarefas nem a de outros. Não somos melhores ou piores, apenas temos algo específico em Cristo para cumprir.
Se meu chamado é fazer de Saulos grandes Paulos, o farei com alegria!
:: Vanessa Capochim, lagoinha.com

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Um peso e uma medida para todos

Ele julga com igualdade as pessoas, de acordo com o que cada uma tem feito. (1Pe 1.17b)

Todos estão sujeitos ao julgamento de Deus. Tanto os salvos quanto os não salvos, cada um a seu tempo. É preciso que seja assim para que haja justiça e para que Deus não esteja associado a nenhuma injustiça. O julgamento não é só para condenar os culpados, é também para absolver os que, embora culpados, foram perdoados dos seus pecados e tornados justos, como declara o apóstolo: “Agora já não existe nenhuma condenação para as pessoas que estão unidas com Cristo” (Rm 8.1).
Pedro está dando a boa notícia de que Deus “julga com igualdade as pessoas, de acordo com o que cada uma tem feito”. Ele não usa dois pesos e duas medidas. É sempre o mesmo peso e a mesma medida, não importa o gênero, a idade, a raça e a cultura de quem vai ser devidamente avaliado. Isso serve tanto para o julgamento dos não crentes como para o dos crentes.
No primeiro caso, o juízo será mais severo ou menos severo dependendo das oportunidades de conversão que o culpado teve. Por exemplo, no dia do juízo, Deus terá mais pena das cidades de Tiro e de Sidom do que das de Corazim e de Betsaida, nas quais Jesus realizou vários milagres (Lc 10.14). Se além de cometer pecados graves, o pecador comete mais um, o pecado de hipocrisia, com o qual pretende dar uma impressão de ser inocente – o castigo dele será pior (Mt 23.14). Na Carta aos Hebreus, há uma pergunta muito séria: “o que será que vai acontecer com os que desprezam o Filho de Deus e consideram como coisa sem valor o sangue de Deus que os purificou?” (Hb 10.29).
A prática das boas obras não cancelarão as más obras (somos salvos inteiramente pela graça), mas elas serão lembradas e recompensadas no julgamento daqueles que já têm a salvação. No calendário de Deus, há um dia em que a qualidade e a variedade das nossas obras, como crentes, serão avaliadas e, de alguma maneira não revelada, recompensadas. Nesse dia, os crentes poderão perder o galardão, mas nunca a salvação (1Co 3.13-15).
Nossas obras podem ser madeira, capim e palha, que o fogo destrói; ou ouro, prata e pedras preciosas, que o fogo purifica!
>> Retirado de Refeições Diárias com os Discípulos. Editora Ultimato.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Consagre sua boca

“Proclamei as boas novas de justiça [novas de retidão e posição correta diante de Deus] na grande congregação; jamais cerrei os lábios, tu sabes, Senhor” (Salmos 40.9)
O que aconteceria se toda manhã consagrássemos nossa boca a Deus para que somente coisas boas saíssem dos nossos lábios? O Salmos 34.13 diz: “Refreia a língua do mal e os lábios de falarem dolosamente”.
Dedique sua boca a Deus e use-a somente para aquilo que o agrada: louvor, adoração, edificação, exortação e ações de graças. Coloque seus lábios no altar toda manhã. Consagre sua boca a Deus ao orar a própria Palavra. “Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores” (Salmos 51.15).

::Joyce Meyer,lagoinha.com

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Família: fonte de alegria e sofrimento

Foto: Internet








O nosso primeiro universo é o útero materno. Com a maturação biológica, nosso “ninho” fica apertado e somos expulsos de lá. Conquistamos, paulatinamente, novos espaços de autonomia: primeiro, com a respiração; depois, com a capacidade de caminhar, num movimento que oscila entre o equilíbrio e o desequilíbrio. Assim como precisamos de chão firme para andarmos com as próprias pernas, precisamos de afeto e encorajamento para amadurecermos.
A família é o útero social, onde a pessoa vai se percebendo e desenvolvendo suas aptidões mediante os vínculos que constrói. É um sistema regido por regras, que determinam os padrões de interação. Há duas forças contrárias que agem sobre ela: a homeostase, que garante a sua conservação, e a transformação, que permite o seu crescimento. Para desenvolver sua autonomia, o ser humano precisa se sentir integrado. Assim, a família deve gerar segurança e liberdade, para que haja respeito às diferenças. Quanto mais nos sentimos amados e valorizados, mais somos estimulados a ampliar o nosso mundo e desenvolver o nosso potencial.
A base de uma auto-estima positiva é a convicção de estar no lugar certo, de ter o direito de existir e crescer. A tarefa da família é receber um ser dependente e imaturo, e transformá-lo em um ser autônomo e interdependente, capaz de amar e ser amado, bem como de contribuir com a construção do mundo. Amar é respeitar o outro em sua unicidade, em suas escolhas e desejos. Os filhos precisam viver de forma coerente com os talentos que Deus lhes deu, mesmo que não coincidam com as expectativas de seus pais.
Quando a estrutura familiar é muito rígida, a criança não encontra espaço. Ela se sente coagida a ocupar um lugar predeterminado para não ser rejeitada. Para o psiquiatra Adalberto Barreto, “o ambiente familiar passa a ser um espaço de asfixia, de muita frustração e sofrimento”. Nessas famílias não há lugar para o desabrochar da vida. Os anseios pessoais são asfixiados pela pressão de regras rígidas, que estão a serviço de um equilibro estático e restritivo. As relações são fundamentadas na manipulação e na culpa. É preciso se violentar para continuar fazendo parte do sistema. Não há espaço para o prazer, a alegria, a criatividade.
Muitos se submetem por medo da rejeição. Outros assumem a responsabilidade de manter a família unida, mesmo que para isso tenha de adoecer. Essas pessoas se tornam a lata de lixo da família, o pára-raios das tempestades afetivas. Mas a droga e o álcool podem se tornar uma forma de escapar magicamente dessa realidade opressiva. A violência intra-familiar é outro sintoma de desajuste. Em vez de promover emancipação e desenvolvimento, o útero social tem se tornado um espaço de condicionamento, deformação e, até mesmo, exclusão. Além dos desajustes internos, a violência social pesa sobre a família por meio do desemprego e, consequentemente, da falta de saúde, moradia, educação e segurança. Para Adalberto Barreto, essa condição “produz estresse, reduz o limiar da tolerância e favorece as agressões, as fugas nas drogas e no álcool e as desagregações”.
A família tem o chamado para refletir o amor incondicional de Deus. Os vínculos não podem sofrer ameaças de rompimento. Eles são compromissos a ser renovados a cada crise, os quais norteiam a busca de soluções que contemplem as necessidades de todos os envolvidos. A harmonia é fruto do diálogo, da flexibilidade, do respeito mútuo, do perdão e da reconciliação. Ninho e horizonte amplo garantem aconchego e liberdade. Famílias saudáveis são aquelas que constroem vínculos suficientemente fortes para gerar autonomia e crescimento. Quando perguntaram à mãe de Martin Luther King qual era o segredo da educação que gerara um filho tão especial, ela respondeu com sabedoria e simplicidade: “Procurei dar-lhe raízes e asas”.
::Isabelle Ludovico – Ultimato

terça-feira, 19 de maio de 2015

Mais que palavras

Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas” (Mateus 7.29)
Cruz 2
Não foram raras as vezes que me emocionei ao ler as palavras de Jesus. Não por que fossem frases de efeito, ou por que houvesse uma semântica arrebatadora no seu discurso, mas por que tudo que Ele ensinava, dizia respeito de si mesmo. Falava sobre o amor, e as suas ações eram como holofotes apontando as sinceras demonstrações de compaixão. Ensinava a obediência e o seu comportamento trazia os reflexos do seu discurso. É por isso que os fariseus deixavam seus sermões sem quaisquer argumentos para contrapô-lo. Ele era a própria verdade sendo dita e isso era indiscutível.
Tenho notado que apenas o discurso de Jesus tem estado nos nossos lábios, infelizmente aprendemos a falar verdades em uma vida de mentira. É tanta frase bonita espalhada nas redes sociais sobre conduta, vida, comportamento que até parecem ser produções de grandes marqueteiros. Na imagem e no nome que construímos há tanto brilho e tão pouca luz de Cristo. Acabamos por nos tornar pedra de tropeço para os pequeninos, porque eles ouvem Jesus, mas não o veem em nós.
É necessário menos vaidade, menos oratória e mais verdade. O evangelho não tem que ser uma filosofia bonita em que muitos têm encontrado empatia, mas a Palavra que transforma o homem. Essa Palavra precisa se contada a partir da nossa vida, porque se anunciamos que Ele é a paz do mundo, mas vivemos ansiosos e inquietos, onde está a verdade? Deixemos o oleiro moldar nosso caráter, fazer a Bíblia ganhar vida na nossa conduta para que o mundo creia que Ele veio, ressuscitou e vive em nós.
:: Érica Fernandes,lagoinha

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Sabe aquela ferida que ninguém vê?

“Ele cura os que têm o coração partido e trata dos seus ferimentos” (Salmos 147.3)
Foto: internet
Se tem uma coisa que fere e machuca as pessoas é a falta de cuidado com o coração. Você não tem ideia da quantidade de pessoas feridas por terem deixado o coração aberto. Talvez você seja uma dessas pessoas que andam por aí com os sonhos esfacelados, planos jogados pelo chão, seu castelo desabou e o coração mais se parece com um álbum de figurinhas de tanto curativos para remendá-lo. As feridas mais profundas e dolorosas podem até ser refletidas no físico, mas a maioria das nossas marcas está oculta, guardada em cofres no coração.
As pessoas se mostram fortes por fora, passam uma boa maquiagem no rosto, inventam um sorriso, colocam óculos escuros e fingem que nada está acontecendo. Porém, por dentro existe uma alma pálida, sem brilho, quase sem vida, algumas pessoas investem pesado na estética. Vivemos em uma geração que decretou a falência do feio, só é feio quem não se cuida. Porém, estamos cada vez mais lindos por fora e, em alguns casos, feios por dentro.
Não é difícil encontrarmos pessoas morrendo nas ruas, mas quando perguntamos: “Ei, como vai?” Elas sempre respondem: “Tudo bem, melhor impossível!” Você pode ter seus motivos para fingir estar bem diante dos outros, contudo, você não precisa e nunca vai conseguir se esconder de Deus. Ele o conhece perfeitamente, por mais que você tenha êxito em fingir para os outros estar bem, Deus sabe exatamente como está seu coração. E uma boa notícia: Ele pode e quer curar seu coração: ore, conte sobre suas feridas guardadas e permita que Ele opere a cura.
:: Júnior Meireles (Do Olhar ao Altar)

sexta-feira, 15 de maio de 2015

O Convidado

João 2. 1 a 11

© Copyright 2011 CorbisCorporationEnfim, eles ficaram noivos. Trocaram alianças, planejaram a casa e fizeram o enxoval aos poucos. Eram tantos detalhes que parecia que não ia dar, mas deu, apesar das dificuldades. Ainda que o noivo pouco entendesse as emergências da noiva: aquela renda do vestido, o cabelo de lado, o detalhe no sapato… Mas, concedia com satisfação, certo de se tratar de um sonho sendo realizado.

Os convites repousavam sobre a mesa, junto de uma enorme lista, esperando o nome do felizardo que o receberia. Sobre um deles um nome foi bordado: Jesus de Nazaré. Jesus foi convidado!
O grande dia da cerimônia chegou e foi linda, lágrimas e sorrisos se misturavam entre tantos amigos. Casamentos têm o poder de provocar grandes emoções, não é mesmo? E, no meio desse jorrar de emoções os noivos selaram o compromisso com um beijo.
A festa seguia maravilhosamente. Boa comida, bom vinho, gente alegre que dançava no ritmo da alegria do casal. Tudo estavam dando certo, tudo como foi sonhado, até que, bem no meio da festança, o vinho acaba. Com essa notícia a festa e a alegria dos noivos também minguavam.
Quando parecia que não tinha mais jeito, os noivos se lembraram de que Jesus estava ali entre os convidados. O problema foi relatado a Ele que agiu rápido e de forma surpreendente, transformando a água que havia em vinho. Os convidados ficaram maravilhados, pois, aquele não era um bom vinho era o melhor vinho que qualquer um deles já havia tomado. Assim, a festa que já estava boa, ficou melhor ainda e continuou por muito tempo.
Aquela festa continuou porque Jesus estava nela. O vinho não acabou porque Jesus foi convidado. A alegria permaneceu porque Jesus disse sim a aquele convite. Essa é uma linda história. Uma história que assim como a nossa tinha tudo para terminar mal, mas os noivos decidiram convidar a Cristo e esse convite definiu o sucesso quando o fracasso parecia inevitável.
Jesus é o milagre que precisamos para transformar o que está insípido em um vinho capaz de alegrar a nossa existência. Ele é O convidado indispensável e, aleluias, Ele sempre diz sim ao nosso convite.
Você já convidou a Jesus para a sua vida? Com Ele em casa, ainda que falte qualquer coisa, jamais faltará alegria! Convide-O!
:: Nilma Gracia Araujo,lagoinha.com

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ó Deus, dá-me surpresas!








Segundo Paulo, Deus deve ser louvado porque ele “pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos” (Ef 3.20). Precisamos acreditar nisso. Por serem graças adicionais, além do que pedimos ou até pensamos, esse “muito mais” são surpresas da parte de Deus.
Surpresas são acontecimentos não previstos, não pensados, não esperados, não agendados, não programados. São coisas novas que nos deixam surpreendidos, admirados, perplexos e profundamente agradecidos. Em geral, não damos espaço para surpresas na elaboração de algum roteiro, projeto ou intento. Preferimos lidar mais com fatos do que com dados empíricos. Deixamos a fé de lado, deixamos Deus de lado, deixamos as surpresas da graça de lado. Deveríamos não só contar com o “muito mais” de Deus mesmo sem saber exatamente o que vai acontecer, mas também orar por surpresas. Nada nos impede de fazer esta oração: “Ó Deus, dá-me surpresas!”. A história bíblica está cheia de surpresas.
Embora tivesse certeza de que Deus providenciaria alguma coisa, Abraão não esperava encontrar um carneiro preso pelos chifres num arbusto no monte Moriá, exatamente na hora em que imolaria o próprio filho (Gn 22.8).
Os irmãos de José não esperavam que ele continuasse vivo nem, menos ainda, que fosse a pessoa mais importante do Egito depois do Faraó (Gn 45.4-28).
Moisés não esperava de forma alguma o episódio da sarça ardente na terra de Midiã, que o fez voltar para o Egito e levar o povo de Israel para a terra de Canaã (Êx 3.1-22).
O povo de Israel não esperava a abertura do mar Vermelho nem as providências de Deus durante os quarenta anos de êxodo, como o maná diário, a nuvem que servia de guarda-sol e a coluna de fogo que iluminava todo o arraial (Êx 14.1-3).
Maria e Marta contavam com a ressurreição do “último dia”, mas em absoluto não esperavam a ressurreição de Lázaro quatro dias depois da morte dele (Jo 11.23-27).
As mulheres da Galileia não imaginavam encontrar o túmulo de Jesus destampado e vazio, nem os dois discípulos a caminho de Emaús e os apóstolos esperavam a prometida ressurreição de Jesus (Lc 24.1-49).
Embora orassem com fervor a favor de Pedro, os irmãos de Jerusalém não esperavam que o apóstolo fosse solto tão depressa e de forma tão sensacional (At 12.13-17).
As surpresas fazem parte da caminhada da Igreja. Porém, a maior de todas ainda não aconteceu. Está para acontecer na plenitude da salvação, por ocasião da parúsia, quando o Senhor voltar em poder e muita glória. Está escrito:
Olho nenhum viu,
Ouvido nenhum ouviu,
Mente nenhuma imaginou
o que Deus preparou para aqueles que o amam (1Co 2.9, NVI)!
:Ultimato

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Declare seu amor a Deus

Foto: Internet
Dias atrás, durante um devocional diário, a orientação do Espírito Santo foi para que minha oração daquela manhã fosse algo que expressasse meu amor e reconhecimento pelo que Deus tem feito por mim.
Mais do que fazer pedidos, muitas vezes precisamos reservar parte do nosso tempo para adorá-lo e expressar nossa gratidão. Por isso, hoje, quero compartilhar uma parte do que declarei ao Senhor e encorajá-lo a fazer o mesmo, seja por meio de um poema, um desenho, uma oração.
Logo ao amanhecer, no meditar da doce Palavra de Deus, sinto o quanto me amas.
Importa-se com cada detalhe dos meus dias e nada está oculto diante de Ti, pois tudo sabes sobre mim
Meu coração é Teu Altar
Ainda que o bravo mar tente me assolar
Suas mãos estendidas
Trazem-me de volta à vida
Sua presença é tão sublime
Que nem infinitas palavras exprimem
Ainda assim, estás comigo
Pois viver sem Ti não consigo
És meu amor maior
És minha paixão que não fenece
E com todos os meus dias quero Te honrar
Para em breve ao Céu chegar.
Deus o abençoe e que o Espírito Santo o encoraje a fazer algo diferente neste dia!
::Denise Tomaz de Souza – Colaboradora do Lagoinha.com

terça-feira, 12 de maio de 2015

Vivendo em guetos cristãos

Foto: Internet

O plano de Deus era que nós fôssemos sal diluído no mundo e luz brilhando em meio às trevas. Mas, por vezes, parece que muitos de nós fizemos opção por ser luz no clarão do meio dia e sal em meio a tanto sal amontoado. Nos orgulhamos de não ter deixado o “mundo” nos acometer (e ainda chamam isso de santidade), mas não percebemos que também não invadimos o mundo para que vissem nossa luz e cressem n’Ele.
O evangelho que vivemos parece mais um “gueto cristão”. Somos os autores e os consumidores de todo tipo de cultura que produzimos. Nós escrevemos para evangélicos e lemos livros evangélicos comprados em livrarias evangélicas. Nós fazemos músicas evangélicas, escutamos músicas evangélicas e cantamos canções evangélicas. Fato é que a forma com que muitos de nós escolhemos viver o Cristianismo nos transformou em um “gueto cristão”.
A igreja, há algumas décadas, foi para a mídia de rádio fazer programa para evangélicos, para a televisão fazer programas para evangélicos, para a internet fazer sites e blogs para evangélicos, e cada vez menos nossa luz brilha no mundo, e cada vez mais nos tornamos um “reduto cristão”.
Empreendedores fizeram escolas evangélicas, hospitais evangélicos, pensando no público evangélico. Cineastas (americanos) evangélicos produzem filmes para evangélicos.
Poderia citar tantos outros exemplos, para você perceber que somos autores e consumidores de toda expressão de arte ou forma de cultura que produzimos e tudo isso só fez aumentar os muros que nos tornam separados do mundo e assim acabamos sendo luz em meio a luz e sal empilhado.
Muitas pessoas são cercadas na sua grande maioria apenas por amigos evangélicos, as últimas comemorações (aniversários, casamentos…) que tivemos oportunidade de participar foram de evangélicos, e as últimas pessoas que vieram em nossa casa almoçar conosco também foram evangélicas.
Nada disso é ruim, pelo contrário, é ótimo! Mas, desta forma, como verão nossa luz? Há alguns meses, fui almoçar com um amigo pastor em sua cidade no interior. Como não conhecia a região, falei para ele escolher o restaurante, ao que ele respondeu: “Vamos no restaurante de um pastor amigo meu, eu só almoço por lá”.
Fiquei pensando como seriam fortes o testemunho e a influência desse pastor se ele só almoçasse no mesmo restaurante de um não evangélico.
O projeto de Deus é nos tirar do mundo, nos transformar – em sal e em luz – e depois nos devolver para ele, transformados, a fim de que creiam no poder transformador do evangelho de Cristo. Porém, nós construímos um gueto e não voltamos para o mundo de onde fomos resgatados.
:: Alan Corrêa (Ultimato)

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Detenha-se na presença de Deus

“Descansa no Senhor e espera nele” (Salmos 37.7)

Algumas vezes, em nossas conferências, apenas “permanecemos” na presença de Deus. Louvamos e adoramos a Ele, e logo desfrutamos o refrigério de seus prodígios e milagres.
Quando sentimos que Deus está trabalhando no coração das pessoas, não nos preocupamos com nossa programação ou agenda. Deixamos tudo de lado apenas para desfrutar seu admirável poder operando em meio ao Seu povo. Muitos que chegaram sentindo-se mal são restaurados; docentes são curados durante esse tempo de adoração e permanência na presença do Senhor. Isso acontece sempre: há cura na presença de Deus.
Se você se sente desencorajado, Ele quer confortá-lo. Se você se sente cansado, Ele o fortalecerá. Apenas permaneça na presença dEle e espere que Ele se mova em sua vida.
::Joyce Meyer,lagoinha.com

sexta-feira, 8 de maio de 2015

O que cabe a nós é andar

“O Senhor firma os passos de um homem, quando a conduta deste o agrada; ainda que tropece, não cairá, pois o Senhor o toma pela mão” (Salmos 37.23-24)

Deus está atento a cada passo que damos! Isso significa que nunca estamos sós. Quando caímos Ele nos ajuda a levantar e nos encoraja a seguir em frente outra vez. Nenhuma pessoa aprenderá a ser guiada por Deus sem cometer alguns erros, mas lembre-se de que Deus sabia deles antes que ocorressem. Deus não se surpreende com os nossos deslizes e falhas. Na verdade, Deus tem todos os dias da nossa vida escritos no Seu livro antes que cada um deles existisse (ver Salmos 139.16). Lembre-se de que Deus tem prazer em você e está atento a cada passo que você dá. Se você cair, Ele o levantará.
Todos os grandes homens e mulheres sobre os quais lemos e admiramos na Bíblia e ao longo da história cometeram erros. Deus não nos escolhe porque somos perfeitos, mas para que Ele possa se mostrar forte por nosso intermédio. Ele na verdade escolhe deliberadamente as coisas fracas e loucas do mundo para impressionar a todos e mostrar a Sua grandeza (ver 1 Coríntios 1.28-29). Não aceite a pressão do inimigo para ser perfeito e nunca cometer erros. Todos os dias, faça o seu melhor e confie em Deus para fazer o resto! Nunca tenha medo dos seus erros, mas em vez disso tenha uma atitude de aprender com eles. Deixe que todos os seus erros sejam um curso universitário sobre o que nunca mais você deve fazer!
A PALAVRA DE DEUS PARA VOCÊ HOJE: Não tenha medo; Deus está com você.
::Joyce Meyer,lagoinha.com

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vencer o medo e avançar

Você já sentiu medo de ficar sozinho(a)? Já sentiu medo de dar um passo à frente e começar um relacionamento? Já viu que um relacionamento não estava segundo a vontade de Deus e sentiu medo de terminar? Então, hoje quero falar para você!
Foto: Internet
O medo pode lhe fazer querer:
1) voltar atrás – foi isso que a mulher de Ló fez, quando olhou para trás. Não volte atrás quando sua decisão de esperar em Deus parecer longa. Não volte atrás quando você decidir viver em santidade, mas se sentir tentado a pecar. Não transforme suas convicções em estátuas de sal!
2) ficar parado – continuar onde estamos parece ser sempre mais seguro, mas tem horas que precisamos nos mover. Sua futura esposa ou seu futuro marido não vai cair do céu, então, você precisa sair e fazer novas amizades. Se você está pecando, precisa ser mais radical na busca pela santidade. MOVA-SE!
Quando sentimos medo, precisamos lançá-lo aos cuidados do Senhor. Quando fazemos isso, andamos em paz, sabendo que todas as coisas cooperam para o nosso bem (Rm 8.28). Quando entregamos os medos, saímos da nossa zona de conforto e encaramos o desconhecido. Na vida sentimental, é quando tomamos a atitude de conquistar aquela menina que nos interessamos, quando as meninas decidem se deixar serem conquistadas, quando estamos num namoro e decidimos partir para o casamento – mas, no Reino de Deus, avançar é escolher esperar pela resposta do Senhor.
Quando temos a promessa de Deus nas nossas vidas, podemos permanecer confiantes porque a palavra Dele NÃO volta atrás. Tudo aquilo que Ele prometeu Ele fará. ELE FARÁ na sua vida sentimental, na sua família, na sua vida profissional…
“NÃO TENHA MEDO, porque eu sou contigo (…) eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça” (Isaías 41.10).
::Wallison Mata,lagoinha.com

terça-feira, 5 de maio de 2015

A amizade, um refrigério para o coração

Foto: internet
   A amizade é uma das mais importantes bênçãos da vida. O amigo ama em todo o tempo. É mais achegado que um irmão. Não poderíamos viver bem sem amigos achegados, companheiros de jornada, conselheiros sábios, refrigério de Deus para o coração. É claro que não estou falando de amigos de taberna, companheiros de copo, que rasgam a cara em ruidosas gargalhadas nos banquetes da iniquidade. Não estou falando dos amigos utilitaristas, que se aproximam apenas para auferirem alguma vantagem imediata. Falo dos amigos sinceros, que estão ao seu lado para celebrar suas vitórias e chorar com você em suas lutas. Falo daqueles amigos que confrontam você em secreto e enaltecem você em público. Falo daquela amizade que é edificada sobre o sólido fundamento do amor, e que, por isso, não se abala quando as vicissitudes nos açoitam com rigor desmesurado.
   Amigos bajuladores são um simulacro da verdadeira amizade. Agradam você com elogios hipócritas em sua presença e solapam sua honra quando você vira as costas. O verdadeiro amigo, porém, ama em todo o tempo. Está presente com você não porque busca alguma vantagem, mas porque tem pressa em servi-lo. O amigo verdadeiro é aquele que chega quando todos já se foram. É aquele que lhe estende a mão com presteza, quando os outros recuam com celeridade.
    O apóstolo Paulo ilustra essa magna verdade, mencionando Filemom, um homem cujo o amor lhe trazia grande alegria e conforto; um homem que reanimava o coração dos santos; um amigo leal, um bálsamo de Deus na vida das pessoas. Eis o registro do veterano apóstolo: “Pois, irmão, tive grande alegria e conforto no teu amor, porquanto o coração dos santos têm sido por teu intermédio” (Fm 7). E você, tem sido um amigo leal? Você tem reanimado o coração das pessoas? Dale Carnegie, em seu clássico Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, diz que a única maneira de termos amigos é sermos amigos. Aqueles que investem em pessoas, amando, cuidando e servindo recebem de volta amizade sincera. Quando semeamos lealdade, colhemos fidelidade. Quando esparramamos as sementes do amor, colhemos os frutos da lealdade. Quando abençoamos, somos abençoados. Quando franqueamos nosso coração aos outros, recebemos de volta aquilo que ofertamos.
    Você tem amigos verdadeiros? Eles têm sido seus conselheiros? Você tem encontrado neles consolo e encorajamento? Você tem esse tipo de amigo? Você encontra tempo para investir na vida das pessoas que ama? Está presente com elas em suas alegrias para celebrar suas vitórias? Está junto delas para chorar suas dores? Lembre-se: nesse terreno, colhemos o que plantamos e ceifamos o que semeamos!

::Hernandes Dias Lopes,lagoinha.com

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Trabalho, fé e desafios



Como jovens cristãos enfrentamos constantemente diversos desafios relacionados ao trabalho: ser aprovado em um processo seletivo; identificar-se com uma área de atuação específica; ganhar o suficiente para manter um novo núcleo familiar; mudar de cidade pelo emprego; suportar afronta de colegas; erguer uma nova empresa; dar conta da sobrecarga de atividades. Diante deles, como permanecer firmes na fé? Faz-se necessário abraçar uma visão bíblica do significado do trabalho para os fiéis em Cristo.

Qual é o sentido do trabalho, apontado pela Bíblia, para os cristãos? Qual é a importância dele para aqueles que, uma vez chamados e justificados, esperam com fé que sua glorificação seja manifesta? Se já têm a garantia de que, quando Cristo voltar, estarão para sempre com o Senhor, para quê enfrentar os desafios de trabalho antes deste tempo chegar?

Alguns dos cristãos de Tessalônica, aparentemente devido à expectativa da volta de Jesus, não mais quiseram trabalhar (2Ts 3.11). A maneira como lidaram com os desafios do trabalho foi simples: supressão. Para eles, não havia nenhum sentido para o trabalho na vida do cristão. A resposta de Paulo a esse comportamento foi categórica: “(…) se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (2Ts 3.10). O apóstolo apresenta, nesse contexto (3.6-12), algumas razões pelas quais o cristão deve trabalhar, a despeito dos desafios enfrentados: não se tornar pesado a outros, em termos de sustento; dar exemplo a ser imitado; fazer coisas úteis; e obter o seu próprio pão.

Agregam-se a estas os motivos mencionados na carta anterior: expressar amor a quem recebe, ainda que indiretamente, os benefícios do trabalho (1Ts 2.6-12); evitar a intromissão desordeira na vida alheia (1Ts 4.11; 1Tm 5.13); não dar ocasião para a maledicência por parte dos descrentes no que diz respeito à conduta (1Ts 4.12a); e, novamente, liberar os outros do peso do sustento (4.12b). Na carta aos colossenses, Paulo destaca uma motivação ainda mais fundamental: trabalhar como se servindo a Cristo, pois, de fato, é dele, em última instância, que receberemos o eterno galardão (Cl 3.17, 23, 24). Portanto, negar o trabalho, suprimindo seus desafios, não é uma opção bíblica para o cristão.

O extremo oposto também não é uma alternativa: afirmar irrestritamente o trabalho, acrescentando para si desnecessários desafios. (Basta lembrar a separação instituída por Deus desde a Criação de um a cada seis dias para descanso.) Lidar com o trabalho sem impor limites pode ser o resultado tanto da ansiosa preocupação com o suprimento das necessidades futuras (Mt 6.24-34) quanto do amor pelas coisas supérfluas deste mundo (1Tm 6.7-10). No primeiro caso, o trabalhar desmedido torna-se uma exteriorização da insegurança no cuidado providencial de Deus; no segundo, expressa infidelidade ao Senhor, pelo apego a valores transitórios, como dinheiro, poder e conhecimento (Jr 9.23, 24; Mt 6.19-21).

Devemos, portanto, entender o trabalho como meio de servir a Deus e ao próximo e enfrentar com fé seus desafios, diante dos benefícios que ele proporciona. Contudo, não podemos assumi-lo indiscriminadamente, com a inquietação e a ganância de quem não confia tanto assim na provisão de Deus nem está tão disposto a derrubar os altares idólatras ainda presentes em seu coração. Que ao menos a cada seis dias relembremos a visão bíblica do trabalho e abracemos na semana porvir suas implicações libertadoras!

::Jonathan Simões Freitas,lagoinha.com