segunda-feira, 29 de março de 2010

O poder do louvor

Deus deseja ouvir a sua voz. Louve ao Senhor não importa a situação. Não ligue para as situações. Deposite sua fé na luz de Cristo.

“E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus” (Apocalipse 8.3,4)

O mundo está vivendo tempos difíceis. Uma terrível crise financeira tem assolado o planeta. A violência urbana tem crescido em uma escala assustadora. A natureza está sentindo o resultado da ação do homem em proporções cada vez mais alarmantes. Não é uma tarefa nada fácil louvar ao Senhor em tempos de tribulação, não é mesmo? Parece que algo nos impede de demonstrar nossa gratidão a Deus quando estamos passando por uma crise.

Em minha adolescência, sempre ouvia falar sobre o aquecimento global e sobre os efeitos catastróficos que a intervenção do homem na natureza traria nos próximos vinte anos. Parece que nosso prazo está acabando. A ampulheta foi virada e os últimos grãos de areia estão caindo.

Em meio a tantos problemas, as pessoas reagem de diferentes formas. Algumas fingem que nada está acontecendo. Continuam a levar suas vidas naturalmente. Estão tão envolvidas pela rotina de seu trabalho que são incapazes de enxergar o problema ou não querem admitir sua existência.
Um outro grupo de pessoas, no entanto, faz parte da outra ponta do iceberg. Elas vivem no extremo da ansiedade, do pânico e da depressão. Não conseguem enxergar esperança em meio ao caos. Tudo o que fazem é se desesperar. Elas têm pensamentos negativos e só visualizam um final trágico.

A que grupo de pessoas você pertence?

Se você não pertence a nenhum dos dois grupos, parabéns. Você faz parte do seleto grupo de pessoas que têm fé. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11.1). O apóstolo Paulo nos traz não uma definição do que seja fé, mas o modo como ela opera. Nesse sentido, a fé pode ser entendida como uma convicção estabelecida em relação às coisas que não são vistas e a expectativa estabelecida de uma recompensa futura.

Depositamos nossa confiança sempre em alguém ou alguma coisa que possa nos trazer, de fato, um sentimento de segurança. Um filho tem confiança em seu pai porque sabe que todo seu sustento provém dele e caso faça alguma coisa errada, ele sempre estará por perto para ajudá-lo. Um piloto de corrida tem confiança em seu veículo porque certamente tem conhecimento da potência da máquina que controla. Ele sabe que se algo der errado, tem meios para parar o veículo em segurança, sem que aconteça um grave acidente.

A essência da fé é a segurança que ela nos proporciona. Provavelmente você deve estar lendo minhas palavras em um lugar seguro, seja na sua casa, trabalho ou faculdade. Você tem confiança que está protegido em relação ao fato de ser vítima da ação de terceiros que tenham a intenção de lhe prejudicar ou mesmo por algum acontecimento longe de ser previsto ou evitado.

Quando nos falta confiança, damos lugar a um sentimento bastante perigoso: o medo. O medo é o responsável direto pela falta de fé, pela incredulidade. Quando nos sentimos com medo não conseguimos enxergar além desse mundo terreno, não conseguimos contemplar o sobrenatural. O medo está enraizado em nossa própria natureza como homens e tem sua origem na morte espiritual de Adão. O medo nos afasta tragicamente de Deus.

Louvando na tempestade

Sempre fui apaixonado por barcos. Já tive a oportunidade de fazer algumas viagens. Gosto da tranquilidade das águas. É inspirador o modo como a brisa sopra por cima das pequenas ondas. As belas aves planam no imenso céu azul como se não se importassem com a presença de seus admirados visitantes.

Certa vez, viajei de lancha pela Amazônia. As águas do Rio Amazonas são tranquilas e parecem formar uma linda sinfonia que se une à paisagem incomparável da floresta.

O rio corta a floresta e por isso não é difícil encontrar troncos no meio das águas. O piloto da embarcação precisa ficar sempre atento para desviar das armadilhas do caminho e evitar um desastre. Experiência e atenção são indispensáveis para garantir a segurança dos passageiros.

O que quero dizer é que mesmo em meio à tranqüilidade (rio), as adversidades surgirão (troncos). Mesmo sendo servos de Deus, não estamos livres dos problemas da vida. Nascemos de novo em Cristo (João 3.7), mas ainda vivemos em um mundo onde o mal impera, onde o pecado, muitas vezes, vence a santidade.

Você pertence ao Pai, ele toma conta da sua vida. Você, no entanto, vive em um mundo entregue às paixões da carne. “Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno” (1 João 5.19).

Talvez o ambiente onde você trabalhe não seja exatamente um paraíso na terra. As pessoas falam mal de você pelas costas, tentam, de todas as formas, impedir seu crescimento profissional. Mas não se preocupe, não deixe que isso lhe abale. Seja luz no meio das trevas! Pode, por acaso, a luz brilhar no meio da luz? Não, a luz só brilha no meio da escuridão. Deixe sua luz brilhar no meio do caos e faça com que as pessoas percebam que há algo diferente em você!

Permita-me voltar a falar sobre barcos. Em minhas experiências nessas viagens, um sentimento sempre me incomodou. Ao mesmo tempo em que ficava feliz por ter chegado à terra firme em segurança, entristecia-me o fato de ter que abandonar a embarcação. As águas me traziam um estado de verdadeira paz.

Comumente vemos na Bíblia algumas passagens que se referem a “águas”, como no Salmo 23.2: “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas”.

Agora imagine o seguinte: uma grande tempestade se aproxima. Antes que o comandante da embarcação perceba, ventos fortes começam a soprar. Os instrumentos de navegação nada podem ajudar, pois estão danificados! O que fazer? Como perguntei antes, a que grupo de pessoas você pertence? Você irá fazer de conta que nada está acontecendo e esperar a morte iminente? Irá se desesperar e, não se importando com ninguém, cuidará de salvar sua própria vida? Ou terá simplesmente fé?

É possível louvar ao Senhor em meio à tempestade?

Lucas nos conta o que aconteceu com ele e os demais discípulos: “Num daqueles dias, [Jesus] entrou num barco com seus discípulos, e disse-lhes: Passemos para o outro lado do lago. E partiram. E, navegando eles, adormeceu; e sobreveio uma tempestade de vento no lago, e enchiam-se de água, estando em perigo. E, chegando-se a ele, o despertaram, dizendo: Mestre, Mestre, perecemos. E ele, levantando-se, repreendeu o vento e a fúria da água; e cessaram, e fez-se bonança. E disse-lhes: Onde está a vossa fé? E eles, temendo, maravilharam-se, dizendo uns aos outros: Quem é este, que até aos ventos e à água manda, e lhe obedecem?” (Lucas 8.22-25).

Os discípulos ficaram apreensivos. Eles pertenciam ao segundo grupo, se desesperaram. Estavam com tanto pavor que somente lembraram que Jesus estava a bordo do barco quando as águas representavam perigo para suas vidas. Aqueles homens estavam acostumados com o mar. Aquela tempestade era apenas mais uma que deveriam enfrentar. Eles pensavam que poderiam passar pela tribulação pelas suas próprias forças, pelos seus próprios meios. É bem provável que antes de acordarem Jesus, os discípulos tivessem tentado – porém, sem sucesso – deter o avanço da água sobre a embarcação.

Até que ponto você consegue suportar? Até onde suas forças são capazes de aguentar as pressões deste mundo? As águas inundaram seu barco e você já não sabe o que fazer?

Mesmo em meio à tempestade, a luz de Cristo brilha forte. Você já percebeu que a luz não se abala com o vento? A luz não se move por causa das tempestades ou das chuvas. A luz permanece imóvel, parece não se importar com os problemas. Eles não a atingem.

Jesus é a nossa luz. Todos os seus problemas são pequenos perante ele. O Salvador está sempre disposto a ajudar, basta você simplesmente “acordá-lo”. Jesus quer ouvir a sua voz a chamar por seu Nome. Ele quer que você confesse com seus lábios: “Mestre, não posso caminhar com minhas próprias forças, preciso do seu amparo. Me ajude. Me salve!”.

Jesus deseja ouvir a sua voz. Louve ao Senhor não importa a situação. Não ligue para a tempestade. Deposite sua fé na luz de Cristo.

Muitas vezes reclamamos da vida. Reclamamos que Deus não se importa conosco, não nos salva de nossos problemas. Eu faço a seguinte pergunta para todos nós: temos conversado com Deus o suficiente? Estamos buscando intimidade com ele? Eu lhe desafio a buscar intimidade com o Senhor. Também me incluo nesse desafio. A voz de Deus deve ser constante em nossas vidas.

Nossas orações são levadas pelos anjos como fumaça até a presença do Senhor (Apocalipse 8.4). Deus se importa com seus filhos. Ele se importa com todos nós. O Pai Celestial se importa com você! Ele reserva uma atenção toda especial para você. Ele só deseja ouvir a sua voz. Converse com seu Pai.

Autor: Renato Collyer
Fonte: www.icrvb.com

Um comentário:

  1. Olá, amigos. A paz de Cristo. Estava fazendo uma pesquisa no google e acabei descobrindo que vcs publicaram um artigo meu. Fiquei mto feliz em saber disso! Fiquem à vontade para acessar meu site e publicarem outros artigos meus. Ficarei honrado. O endereço do site é: http://renatocollyer.blogspot.com/

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