quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Máscaras

“Vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano.” (Efésios 4.22b.)

Carnaval, um dos feriados mais esperados pelos brasileiros, afinal são quase cinco dias de folga. Alguns o desejam pela possibilidade de descanso, para outros o atrativo é se cansar com toda bagunça possível.

Cinco dias em que máscaras são colocadas e a fantasia ou o fantasioso apresenta-se como real. Cinco dias de celebração à mentira. Até que a quarta feira chega e as máscaras têm que ser retiradas e o real escancarado pelo cotidiano.

Tempo em que as máscaras voltam para o baú.

Voltam mesmo?

Vivemos em meio a uma política, que pelo próprio nome deveria organizar e defender os interesses da comunidade, e que quase nunca cumpre o seu papel. A máscara dos interesses.

Nós somos condicionados aos meios de comunicação que não definem sua posição sobre drogas, alcoolismo, prostituição. Ao mesmo tempo em que os noticiários apresentam índices de óbitos causados pelo abuso de álcool e drogas outros programas da mesma emissora estimulam o consumo destes entorpecentes. A máscara que vende mais.

Durante os cultos ouvimos palavras sobre: caráter, educação, princípios… Amor a Deus e ao próximo e todos concordamos, pois o “amém”, é dito e ouvido por todos. Mas quando acaba o culto a regra é: o mundo é dos mais espertos. A máscara da conveniência.

Máscaras no trabalho, na escola, na igreja, algumas permanecem até em casa. O que as pessoas estão vendo quando olham para nós: Cristo ou um disfarce que muda conforme o que é mais apropriado para nós? O mundo espera por cinco dias no ano para usar máscaras e ser o que não é. Nós temos todo o ano para deixar cair as nossas e viver de forma digna. Pois, haverá um dia, um momento em que teremos que despojar de todas as máscaras e revelar como somos e como pensamos. Não há disfarce que resista diante de Deus. Que caiam as máscaras para nos vestirmos da verdade.

“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” (Efésios 4.24.)

:: Por Nilma Gracia Araujo
lagoinha.com

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