“Ainda que” é uma expressão que usamos para indicar que embora tudo conduza para um lado, iremos para o outro. Sugere que mesmo que as circunstâncias estejam contrárias não desistiremos. O apóstolo Paulo usa essa ideia ao dizer: “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2Co 12.15). Essas palavras escritas pelo apóstolo Paulo revelam que sua doação aos homens não está atrelada a retribuição e reconhecimento dos mesmos.
Precisamos de uma geração que diga mais “ainda que”. Necessitamos decidir nos doar pelas pessoas ainda que não haja a gratidão das mesmas. Precisamos amar ainda que não sejamos amados. Obedecer ainda que sejamos apedrejados. Pois, quem condiciona sua obediência a Deus pela aprovação do outro irá parar quando o mesmo o rejeitar. Embora fazer sem reciprocidade pareça ser uma tarefa difícil ela pode ser feita se estivermos atentos ao foco que Cristo tinha na Terra. O Mestre amou ainda que os outros o maltratassem, pois tinha como foco de obediência a vontade de Deus e não a reação das pessoas. Seu objetivo era fazer o Pai feliz e não desistir pela rejeição dos homens. Se o foco for agradar a Deus, a traição de Judas, a negação de Pedro, as chicotadas e até mesmo a Cruz não vão nos parar.
A geração do “ainda que” é perseverante pois tem sua alegria em Deus e não nos resultados da terra como alvo maior. Essa geração é capaz de dizer: “ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17,18). Responda ao chamado de Deus e decida ser um adorador ainda que tudo esteja desabando ao seu redor.
 Por Drumond Lacerda
Fonte: http://www.lagoinha.com/ibl-colunista/a-geracao-do-ainda-que/