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Apesar de ser um homem íntegro, reto e temente a Deus, Jó foi atingido por terríveis calamidades que destruíram seus filhos, seus bens e sua saúde. Ele ficou angustiado, chorou e lamentou, mas “em tudo isto Jó não pecou nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1.26).
Diante das situações que nos surpreendem e afligem, quais são as nossas reações? Geralmente, o dia da provação é também o dia da tentação, embora estas coisas sejam distintas.
Quando tudo dá errado, o indivíduo pode se sentir tentado a usar a circunstância como desculpa para o pecado, como quem diz: “Já que Deus permitiu isso, então vou pecar”. “Já que fiz do jeito certo e deu errado, agora farei do jeito errado”.
José do Egito poderia pensar assim, depois de tantas experiências ruins, e aceitar a proposta da mulher de Potifar, mas não aceitou.
Daniel, sendo levado preso para a Babilônia, poderia ter se entregado aos prazeres do palácio, mas não se entregou.
Não pecar deve ser uma das nossas principais preocupações, muito mais do que ganhar, lucrar ou conquistar. Não pecar é o limite para nossas ações e palavras.
Paulo escreveu: “Irai-vos, e não pequeis” (Efésios 4.26). Será que podemos parafrasear o apóstolo? Façam amizades, mas não pequem. Namorem, mas não pequem. Divirtam-se, mas não pequem. Participem das redes sociais, mas não pequem.
Pecado é tudo aquilo que contraria a vontade de Deus. Se este conceito for muito difícil pra você, comece evitando o que a sua consciência rejeita, o que os seus pais proíbem e aquilo que os seus líderes reprovam.
Jesus foi tentado de todas as formas, mas não pecou (Hb 4.15). Ele é o nosso exemplo. Ser cristão é ser imitador de Cristo. Não somos perfeitos, mas a vida cristã é um processo de aperfeiçoamento, cujo resultado só será pleno quando entrarmos na glória celestial. Enquanto estamos aqui, precisamos viver engajados neste propósito de não pecar, embora nem sempre consigamos.
O que não pode acontecer é a inversão deste raciocínio, fazendo-se do pecado um modo de viver.
Não pecar é um alvo tão importante, que deveríamos buscá-lo a todo custo:
“Ainda não resististes até o sangue, combatendo contra o pecado” (Hebreus 12.4).
Nenhum de nós pode dizer que nunca pecou. Nem sobre Jó podemos afirmar tal coisa. Pecamos muitas vezes, mas existem pecados que podemos evitar. Deveríamos evitar todos eles, mas isto não é possível. Contudo, não podemos relaxar e pensar que o pecado seja normal. Não é.
“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2.1).
Se pecarmos, Jesus intercede por nós. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1.9).
Porém, não abuse desta possibilidade de purificação. Muitos pecam e morrem antes de pedir perdão.
Que a experiência de Jó nos sirva de exemplo. Sua vida era assistida por Deus e por Satanás. No final, o Senhor foi glorificado; o inimigo foi envergonhado; e Jó recebeu a cura e a restauração.
:: Pr. Anísio Renato de Andrade,lagoinha.com