segunda-feira, 27 de junho de 2011

Consequências de uma rejeição

“Disse o Senhor a Samuel: Atende à voz do povo em tudo quanto te diz, pois não te rejeitou a ti, mas a mim, para eu não reinar sobre ele”. (1 Samuel 8.7.)

No texto de 1 Samuel 8.7, no qual os israelitas pedem a Samuel um rei para que os governe, percebemos o quão triste se mostra o Senhor. Naquele momento, Deus consola o profeta Samuel, que também se sentia rejeitado, dizendo-lhe que era a Ele, o Senhor, que o povo não desejava mais ter como seu rei e pastor. Não o desejavam mais seguir, mas sim serem como as outras nações. Desejavam ter um “homem” a quem pudessem chamar de “rei”.

Não obstante à sua dor, o Senhor ainda agindo como um Pai amoroso e cuidadoso, instruiu o profeta para que os alertasse em como seriam seus dias regidos por um rei humano; à que obrigações e encargos teriam que se submeter (1 Samuel 8.9-17). Porém, eles mais uma vez não o quiseram ouvir e clamavam: “Não! Mas teremos um rei sobre nós. Para que sejamos também como todas as nações; o nosso rei poderá governar-nos, sair adiante de nós e fazer as nossas guerras”. (1 Samuel 8.19-20.) E o Senhor, sempre fiel à sua própria natureza criadora, permite ao povo que escolha o seu próprio destino com liberdade, como desde o princípio da criação o fizera. E assim Saul se torna o primeiro rei de Israel (1 Samuel 10.24).

No desenrolar da história do povo Judeu e de todos os povos da Terra, observamos quantos males esses reis humanos, em sua grande maioria, trazem aos povos que estão sobre o seu domínio. São explorações das mais variadas, encargos dos mais abusivos, desrespeito e desigualdade em todas as áreas das sociedades. E por que tudo isso acontece? Porque esses são atributos que somente Deus é capaz de operar; pois Ele não é falho como o homem, injusto como o homem, não mente como o homem. Deus é amor!

Assim sendo, por que muitas vezes, ainda o rejeitamos? Porque o queremos distante? Não o permitimos agir? Porque muitas vezes somos como Israel. Sentimos falta do Egito, almejamos ser como as outras nações!

Reflitamos sobre isso, e permitamos ao Senhor reinar sobre nossos sentimentos, atitudes e desejos. Que nossa oração possa ser aquela que Jesus ensinou quando disse: “[...] venha a nós o Teu reino” (Mt 6.10.) e assim com certeza, vivendo conforme a sua vontade, experimentaremos uma vida plena de alegria, sem tropeçarmos em nossos erros, anseios e pecados.

Sirvamos ao Senhor e lhe permitamos nos dirigir os passos para que com Ele tenhamos uma preciosa comunhão, alegremos, pois o coração do Pai.

::Por Ana Lúcia R. Lemos

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