quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

O espelho diz quem sou?

Quem já não se olhou no espelho e não gostou do que viu? E o que dizer do outro espelho, não real, pelo qual nos vemos? Dificilmente somos magros ou gordos como gostaríamos, inteligentes, felizes, amáveis, capazes, bem sucedidos, piedosos como sonhamos. E por que não somos como gostaríamos? Ou será que sabemos mesmo quem somos ou de que gostamos?

Construímos imagens mentais sobre nós ao longo da vida e pautamos nossos comportamentos, nossos sentimentos e nossos pensamentos por elas. É o que se chama autoimagem. Essas imagens são construídas em nossas relações com nossos pais, com outras pessoas, a partir de experiências anteriores e, muitas vezes, são ditadas pela mídia. Acreditando que sejam verdadeiras, nós nos seguimos por elas. Elas conduzem nossa maneira de ver o mundo, de reagirmos, e de vermos outras pessoas e, como nos parecem corretas, dificilmente passam por um crivo mais cuidadoso.

“Eu não dou conta”; “Tudo o que eu faço é errado”; “Sou a mais linda, inteligente e esperta das criaturas”; “Deus só ama quem jejua e ora muito”; “Os feios não herdarão o reino dos céus”; “Pau que nasce torto até a cinza dele é torta”; “Ninguém se importa comigo” são algumas das imagens mentais que construímos sobre nós. E, se questionadas, vamos perceber que se assentam sob bases pouco sólidas e têm como marca o excesso e a generalização. Desconfie dos pronomes “tudo, nada, ninguém” e dos advérbios “sempre” e “nunca” quando falar de si. Eles nos congelam em modelos mentais pouco confiáveis e, por vezes, falsos.

Tente se olhar sem esse espelho interno distorcido. Você vai se surpreender com características muito interessantes sobre si e que desconhecia. O espelho diz quem sou? Nem sempre. E vale apena questioná-lo.

Por Daniela Borba

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